Os que acompanham, comentam, curtem, compartilham nossa rede, lembram que postei há semanas um pst a partir do verso de Dante Alighieri, segundo o qual é “ o Amor que move o sol e todas as estrelas.”

Em sequência , meu livro Participação e Solidariedade, pergunta : “por que não há o Amor de mover também os homens, se é o homem a consciência do Planeta e quiçá do Universo?”

O livro prossegue, deixando a questão da dimensão da consciência humana e de sua abrangência para outro momento. Mas cita Teilhard de Chardin que afirma o Amor  como sendo o estofo que embasa toda natureza e seu processo de evolução. E afirma:

Construir a Sociedade-parcela que é da natureza, de acordo com esse estofo, significa amorizar o mundo” .E detalha o significado da amorização do mundo perguntando:

Porque não pode o Amor sustentar o homem, suas estruturas, relações e atitudes e organizar  a sociedade através de seu componente essencial, se é o Amor que move o sol e todas as estrelas?”

E segue, o livro Participação e Solidariedade, retornando à percepção do poeta, no qual identifica fina intuição  científica:

Volto a citar  Dante Alighieri, diz o livro, porque o poeta percebeu e expressou ,a seu modo, uma verdade absolutamente científica.

Considerado o Amor, como o consideramos, a complementariedade e a atração de todos os seres entre si, complementariedade e atração que nos seres inanimados pode chamar-se gravitação ou gravidade e que na vida animal pode chamar-se reação orgânica, ou instinto, só no homem toma a dimensão do Amor, por causa da consciência e da liberdade”.

E conclui:

“ Assim como não se pode tirar dos corpos celestes a gravitação e de todos os corpos a gravidade, da mesma forma como não é possível tirar dos seres vivos seus sistemas orgânicos e o instinto que os preserva, assim não dá de tirar dos homens e de suas relações o Amor- o Amor que move o sol e todas as estrelas, sem que se pague o preço equivalente por esse erro essencial”.

É neste ponto, a partir da evidência lógica desta proposição que meu último livro “A NOVA UNIVERSIDADE num mundo em transformação”, se dirige aos que têm responsabilidade na construção do mundo e preocupação com o futuro da civilização. Reproduzo essa proposta, ou este apelo de “A NOVA UNIVERSIDADE”:

Quero dizer a todos os que se preocupam com o homem em todas as suas dimensões, portanto, com a sociedade e suas relações, a natureza e sua preservação, aos que se preocupam com o futuro, ou com a sustentabilidade da civilização, por todas essas razões quero dizer especialmente às universidades, que não dá de retirar o Amor da construção da nova sociedade, a sociedade do mundo pós tecnológico, porque o Amor não se reduz simplesmente a um sentimento ou a uma emoção, fora do conteúdo científico, ou do método de construir a ciência. Ele ocupa o centro desse imenso fenômeno humano, ou do fenômeno do universo.

Nenhum outro sentimento, ou qualquer método que pretenda expressar a realidade, substitui o Amor. Quando em seu lugar se colocam o ódio, o orgulho, a ganância, a ambição desmedida, a prepotência no uso do poder ou da riqueza, que ,afinal de  contas não passam da formas extremas da competição e da concentração, ou quando simplesmente se ignora o Amor como componente de toda busca, de toda a essência, de toda a ciência, há de ser a humanidade e o processo civilizatório, que restarão feridos, e podem estar feridos de morte se a negação do amor prevalecer sobre tudo.

Em outra parte afirma o livro que, sendo o Amor componente essencial de todo fenômeno humano, desconhecê-lo nas ciências humanas equivale a desconhecer a gravitação ou  a gravidade no estudo do universo ou de todas as coisas, ou a negar o oxigênio, ou o hidrogênio, também seus  componentes essenciais, no estudo da água.

E faz um apelo essencial às universidades, na esperança de que elas, seus professores ultrapassem o tempo, ou a ideologia comum na universidade, e em grandes parcelas da  sociedade, de que as relações humanas necessariamente devam ser conflituosas, competitivas sem limite, excludentes de pessoas, povos e países, mas que cheguem a entender que é o amor o componente essencial de todas as coisas humanas e, conforme sua escala, de todo o universo.

O mesmo apelo devo dirigir a todos os responsáveis pela construção da sociedade, os  que se preocupam com a convivência humana, ou, como disse, com a sobrevivência da civilização.

O livro “A NOVA UNIVERSIDADE num mundo em Transformação” faz este apelo:

“É nesta linha, nesta certeza que o Amor tem lugar em todas as coisas, em todas as ciências, que ele, o Amor, precisa ter lugar também na  proposta de organização da universidade ,de modo que  ela, a universidade se sintonize com os avanços da ciência e da tecnologia, se insira no processo da mudança civilizatória que estamos vivendo e se transforme num agente ativo dessa mudança, da construção da sociedade pós tecnológica, ou seja da Civilização Participativa e Solidária, portanto, uma civilização sintonizada com os avanços da Ciência e da Tecnologia.

Dirigindo-me de modo especial à universidade, quero estender esse apelo, repito agora, a todos os que tem responsabilidade na construção da sociedade e se preocupam com o futuro da civilização, as Igrejas, os Governos, os Partidos políticos, os que, de qualquer forma, exercem liderança nas comunidades, enfim, quero estender a você, querido amigo, minha querida, este convite, para que se ponha por dentro, para que reflita, comente, compartilhe e, especialmente  pratique. Você estará contribuindo a seu modo para a amorização do mundo…

Meu grande abraço.

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