QUERIDOS AMIGOS E QUERIDAS AMIGAS

Os que seguem nossa rede social (por uma Civilização Participativa e Solidária) ou nosso SITE (participacaoesolidariedade.com.br) sabem que além do livro Participação e Solidariedade fundamenta nossa proposta a CARTA POR UMA CIVILIZAÇÃO PARTICIPATIVA E SOLIDARIA.

Esta série que  estou iniciando COM COMENTÁRIOS SOBRE A CARTA, se desenvolverá em quatro tópicos que você pode acessar de uma vez, ou tópico a tópico em nossa rede social e nosso Site, no formato de vídeo ou de artigo em diversos idiomas.

TÓPICO I

Meu objetivo nessa introdução é deixar aqui meu convite a você, caro amigo, querida amiga, para que dedique um pouco de seu precioso tempo para acompanhar, para refletir comigo, e se quiser, comentar e, especialmente, compartilhar com seus amigos, seus grupos, ou em suas redes, a seu critério.

Penso que, atendendo a meu convite, você estará dando sua contribuição para a construção de um Brasil, ou de um mundo, mais solidário, mais participativo, mais humano….ou você acha ,diante de tudo o que vemos no Brasil e no mundo ,você acha que não é  necessário e urgente que cada um dê  sua contribuição, seja  menor ou maior, não importa, para transformar o que estamos vendo, no rumo de um mundo ,e de um Brasil mais justo, mais humano, mais participativo e solidário.

A CARTA POR UMA CIVILIZAÇÃO PARTICIPATIVA E SOLIDÁRIA foi apresentada ao 1º Fórum Permanente por uma Civilização  Participativa  Solidária, promovido pela Cátedra Unisul que porta esse nome, criada à época ,pela Universidade do Sul de Sta. Catarina(UNISUL).

Aprovada naquele Fórum, do qual participaram personalidades de altíssimo nível nacional e internacional, dentre as quais, é de justiça lembrar, pela dimensão de sua obra solidária no Brasil e no  mundo, a Dra. Zilda Arns .

Traduzida em 7 idiomas a Carta teve alguma repercussão entre personalidades e jornais internacionais, como o Dr.  Federico Mayor, ex-Diretor Geral da Unesco e Presidente da Fundação Europeia pela Cultura da Paz, como também  de Jornais como Il Clarin da Argentina, o Time de Los Angeles e o Corriere della Sera, da Itália.

O 1º Tópico da Carta analisa as causas que levaram o mundo, a uma série de crises que ultrapassam as dimensões pessoais para alcançar uma dimensão histórica, ou civilizatória .

Vejamos os que diz a Carta, nesse primeiro tópico:

 “As crises que preocupam e angustiam o homem deste início de milênio vão muito além de uma simples crise financeira, ou de qualquer outra natureza setorial, como aparentam e, geralmente, são interpretadas. Elas são, sobretudo, a consequência da disritmia e dos desequilíbrios decorrentes, introduzidos no processo civilizatório, entre a velocidade com que evolui a tecnologia e seu uso, e a lentidão com que ocorrem as mudanças nas pessoas e nas instituições. Assim sendo, as crises devem ser entendidas como múltiplas manifestações de uma crise bem maior, que revela a insustentabilidade do atual estágio civilizatório, rumo a alguma forma de ruptura, caso o processo não seja revertido.

No entanto não há oposição entre a tecnologia e seus avanços e o homem em suas múltiplas dimensões, mesmo que se considere a tecnologia em suas formas mais avançadas, como a engenharia genética, a química fina, ou a física cósmica.

Ao contrário. A tecnologia poderá ser transformada no grande instrumento de promoção do homem e humanização da sociedade, se for assumida a consciência de que isto é possível e se concentrarem esforços no sentido de transformar o que é possível em realidade.

A oposição, porém, existe quando a tecnologia avança ou é utilizada em detrimento do homem e da sociedade, seus ritmos, seus valores e o ambiente natural onde ocorrem os fenômenos humanos. Neste caso, na medida da disritmia e dos desequilíbrios que ela provoca, será inevitável que, de crise em crise, resulte do processo a ruptura anunciada e a ruptura terá então consequências inimagináveis, mas seguramente não menores que os desequilíbrios, ou desvios, que se tiverem embutido no processo.”


Até aqui a parte inicial da Carta, que se referiu às razões da insegurança, que angustiam o homem nesse início do século ou do milênio, quando o desenvolvimento da Ciência e da Tecnologia  poderia ter criado uma civilização, ou uma sociedade de bem estar, como jamais se poderia imaginar. Não foi o que aconteceu, ou o que está acontecendo.

Será inevitável que o mundo, ou o Brasil continuem nesse processo de auto destruição ,ou haverá caminhos alternativos, capazes de utilizar os avanços da Ciência e da Tecnologia para construir a nova sociedade mais humana, mais participativa, mais solidária ,com a qual sonhamos?

É a resposta que dará a Carta por uma Civilização Participativa e Solidária, no segundo tópico desta série.

 


TÓPICO II

Em continuidade às questões levantadas no primeiro tópico desta série de comentários em torno da “Carta por uma Civilização Participativa e Solidária”, onde se levantou a pergunta que se impõe sobre o por que os avanços da ciência e da Tecnologia, que  poderia ter trazido um mundo de bem estar como jamais imaginado, na verdade trouxe um mundo de insatisfação e de insegurança, ou angústia sobre o que poderá acontecer, se esse processo auto destrutivo não for revertido, ou, em outras palavras, seja afastada a ameaça de ruptura?

Esse  2º tópico da serie sobre a Carta por uma Civilização Participativa e Solidária  convida a você, caro amigo e querida amiga, a acompanhar, refletir, comentar e compartilhar, a resposta a essa interrogação, propondo os valores que constituem o que chama de verdadeira Massa de Consciência em crescimento no mundo, e que podem se constituir nos fundamentos da nova sociedade, na qual os avanços da ciência e da tecnologia sejam utilizas para construir essa tão sonhada sociedade, mais humana, mais justa, mais participativa e solidária.

Vejamos como a Carta por uma  Civilização Participativa e Solidária propõe os valores da Massa de consciência como fundamentos para construir essa nova sociedade.

Diz a Carta :

“Para reverter o caminho da ruptura, no entanto, faz-se necessário perceber que, paralelamente à ameaça que este caminho possa representar e à lentidão da evolução dos homens e de suas instituições, ressurge e cresce no mundo uma poderosa massa de consciência em defesa do ser humano e dos valores essenciais da civilização.

Neste contexto, constitui valor essencial da massa de consciência, a dignidade humana, a qual pressupõe o respeito e a promoção dos direitos fundamentais do homem – desses direitos, em primeiro lugar, o direito à vida e à igualdade de oportunidades de acesso aos bens necessários para vivê-la na maior plenitude. Este processo de valorização da vida, como valor básico ou original, deve ser estendido a todos os seres humanos, independentemente de cor, raça, cultura, crença, categoria social, ou qualquer outro atributo.

Como corolário, o pluralismo de culturas, de pensamento, de regimes políticos, de crenças ou de costumes, constitui pressuposto para o exercício da dignidade humana, das liberdades individuais, da convivência harmônica, da paz e da segurança entre os povos. Este é o caminho – e não há outro, para a sobrevivência do Planeta e plena humanização dos que nele habitam. 

São esses valores, e outros que os integram – a justiça, a igualdade, o repúdio à prepotência e à destruição da natureza, que encontram sua síntese nas dimensões éticas da participação e da solidariedade.

É necessário e urgente que os valores da massa de consciência, desta forma sintetizados, sejam assumidos, individualmente, pelas pessoas, e, coletivamente, pela sociedade, como pressuposto e fundamento de viabilizar a transição do estágio insustentável da atual ordem civilizatória, ainda ordenada por fundamentos e práticas formulados nos tempos pré-tecnológicos, para um novo estágio civilizatório, que preserve, na era pós-tecnológica, as dimensões humanas e seja ordenado por seus valores.

Esta perspectiva não constitui um simples dever ético. Ela diz respeito, como se disse, à própria sobrevivência do ser humano e de suas circunstâncias. É preciso entender que a dimensão da tecnologia, capaz de destruir o mundo não só fisicamente, mas em qualquer das dimensões que o constituem, esgotou o espaço de sobrevida e a aplicação de paradigmas do passado, com base no conflito, na competição e na concentração sem limites, frutos do domínio e uso equivocado da tecnologia, para excluir e ampliar as áreas periféricas, gerando uma nova forma de totalitarismo global e aprofundando, perigosamente, o desequilíbrio do processo.

É preciso, afinal, estabelecer o consenso de que, por serem valores éticos, a participação e a solidariedade não constituem apenas sonhos inalcançáveis, formulações teóricas, ou objetivos utópicos, a não ser que esses sonhos, formulações e objetivos sejam entendidos como faróis que iluminam os caminhos e lugares da busca, ou da chegada “.


Muito bem. Tudo certo. Todos estamos de acordo, imagino, da importância desses valores, do crescimento desse valores em todo mundo, crescimento este que a Carta chama da Massa de Consciência

Mas é inevitável a pergunta sobre se esses valores da Massa de Consciência, que são valores éticos, ou valores teóricos, terão eles a capacidade de se transformar em instrumentos concretos, práticos, de reorganizar a sociedade, enquanto a sociedade continuará, com toda a força da nova Ciência e da nova tecnologia a se organizar através dos mesmos mecanismos da competição e da concentração responsáveis pelas crises que afetam a sociedade de hoje, causando a angústia e a insegurança sobre o amanhã.

Esta é a resposta que a Carta dará nesse terceiro tópico, desta série.


TÓPICO III

Queridos amigos, minhas queridas.

O tópico anterior dessa série, na qual o estou convidando, a está convidando querida amiga, a conhecer e a refletir comigo sobre a  Carta por uma  Civilização Participativa e Solidária, o tópico anterior, dizia, concluiu levantando uma pergunta: se os valores contidos na Massa de Consciência, resumidos na Participação e na Solidariedade, enquanto fundamentos éticos, teriam condições de inspirar, ou de serem transformados em mecanismos ,em instrumentos práticos, de reorganizar a sociedade, de construir uma nova sociedade onde os avanços da ciência e da tecnologia sejam utilizados em benefício das pessoas, da sociedade, construindo uma nova civilização mais justa, mais humana, mais participativa e mais solidária?

Ou continuaremos necessariamente separando uma coisa da outra, a teoria, a ética, de um lado e a realidade, a prática de outro, como se uma nada tivesse a ver com a outra, ou se os conceitos éticos e teóricos fossem incapazes, ou mesmo se opusessem, quer no plano individual, quer no plano da organização social, a inspirar, a transformar-se em mecanismos concretos, de harmonizar a prática com a teoria, a organização e o funcionamento da sociedade, com a ética ou com os valores da massa de consciência:

diz a Carta:

Para isto, a participação e a solidariedade devem ser transformadas em instrumentos eficazes para inspirar o novo homem e construir as novas instituições, ou seja, a sociedade pós-tecnológica, re-equilibrando o processo civilizatório e superando, desta forma, as crises e a ameaça de ruptura.

Ainda, impõe perceber, e assumir, que a participação, como valor ético, pode encontrar seu instrumento eficaz para a mudança na desconcentração de todas as dimensões das pessoas e da organização social. A desconcentração implica superação dos sistemas concentradores, tanto mais poderosos nesta era da globalidade e tanto mais nocivos, na medida em que, através da competição selvagem e da ocupação ilimitada de espaços, produzem a referida exclusão que se expande para um número cada vez maior de pessoas, de regiões, de povos e de nações. Esta dinâmica, concentração – exclusão, vem ocorrendo em processo crescente e chegará, brevemente, a seu momento crítico de desequilíbrio e, em consequência, à inevitável ruptura. Na verdade, constitui um axioma da natureza que todo desequilíbrio, ao alcançar seu momento crítico, se torna insustentável. Por que imaginar que este axioma universal não se aplica à sociedade? 

Da mesma forma, é necessário perceber, e também assumir, que a solidariedade como valor ético pode encontrar na cooperação o instrumento igualmente eficaz de organizar sustentavelmente a sociedade, humanizando o processo.

Isto significa dizer que a participação, tendo a desconcentração como seu instrumento eficaz, e a solidariedade, tendo a cooperação como instrumento eficaz, constituem os valores e os instrumentos de construir a nova sociedade em sintonia com os valores essenciais da massa de consciência e com os avanços da Ciência e da Tecnologia. Esta será, então, a sociedade amorizada, lembrando Teilhard de Chardin, ou Dante Alighieri em sua percepção poética, de que é “o amor que move o sol e todas as estrelas”.  Por que não há de mover as sociedades humanas?”

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Creio que se torna  bem claro que é possível, sim, além de harmonizar os fundamentos éticos com a organização e o funcionamento ético da sociedade, comprovando-se que não são realidades ,distantes ou inconciliáveis, a ética e a prática, mas ao contrário, que existem estruturas, mecanismos,  que são éticos, como existem os que se opõem à ética

e esses são insustentáveis,  levam a sociedade no caminho da insustentabilidade ou da ruptura, como estamos vendo acontecer no Brasil, como no mundo.

A Carta por uma Civilização Participativa e Solidária ao indicar a desconcentração e a cooperação como instrumentos concretos  embasados na ética da Participação e da Solidariedade, para construir a nova sociedade sintonizada com os avanços da Ciência e da Tecnologia, faz um apela dirigido especialmente às instituições que tem maior responsabilidade na organização e nos procedimentos da sociedade.

É transmitindo e refletindo sobre esse apelo que nesse quarto tópico concluímos essa série referente à Carta por uma Civilização Participativa e Solidária, que, junto com o Livro Participação e Solidariedade, fundamenta nossa proposta.


TÓPICO IV

Nos tópicos anteriores dessa série vimos, no primeiro como todo esse admirável avanço da  Ciência e da Tecnologia ao invés de elevar o bem estar pessoas, como seria de esperar, na verdade  trouxe a insegurança para o futuro, para muitas pessoas  a  angústia e para o processo civilizatório  a insustentabilidade ameaçando-o por algum processo de ruptura que pode ser global.

No segundo tópico vimos  como diante dessa ameaça surge ,se fortalece e cresce no mundo uma nova Massa de Consciência em torno de valores, que podem se sintetizados na Participação e na Solidariedade. Permanece a questão: podem esses  conceitos éticos inspirar, ou ser transformados em mecanismos concretos, práticos de construir a nova sociedade onde a Ciência e a Tecnologia seja utilizada em favor do homem e da sustentabilidade de uma nova sociedade participativa e solidária?

A Carta, respondendo a essa  questão, indica que a desconcentração, que viabiliza a participação, e a cooperação que viabiliza a solidariedade, substituindo a competição e a concentração, causas dos  desequilíbrios, poderiam sim ser transformadas, refiro-me à Participação e à Solidariedade ,nos instrumentos concretos, capazes construir a nova sociedade, participativa e solidária.

E conclui o tópico com um apelo às instituições que carregam, de modo especial, a responsabilidade de promover a mudança.

Diz a Carta:

Um mundo melhor é possível

Este convite para a construção do mundo melhor, participativo e solidário dirige-se especialmente às universidades, às organizações sociais, aos governos constituídos e às lideranças políticas, bem como a outros segmentos da sociedade – os comunicadores, os promotores da arte, da inteligência e da cultura – e, ainda, às igrejas e filosofias de todas as ordens, para que se debrucem sobre o momento e o processo, promovendo uma análise atenta, profunda e eficaz, sobre o que está ocorrendo no mundo, suas incertezas e a sucessão de crises, e formulando, em decorrência, propostas sistematizadas e operacionais para superar, ou reverter, o processo de ruptura, que paira sobre a civilização. Desta forma, os valores da massa de consciência hão de tornar realidade o mundo melhor, mais solidário, mais participativo, e, por isto mais humano. ”


Queridos amigos, minhas queridas. É esta a proposta. Um mundo melhor é possível. Permito-me acrescentar, encerrando, que ninguém pode se dar por dispensado de responder a esse apelo, cada um na medida de seu espaço, do que for possível a cada um. Diferentes são os espaços de cada um, mas a responsabilidade é igual para todos. Dê sua opinião, comente, compartilhe, com um simples clique na tela de seu computador ou de seu celular, compartilhando, você estará dando sua contribuição para construir o mundo melhor. A todos e a cada um de vocês meu abraço e meu agradecimento.

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