Queridos amigos, minhas queridas

A injustiça e a insustentabilidade da economia atual, tão denunciada em meus livros e em nossas redes sociais, começa, afinal,a roer a consciência dos que acumulam a riqueza do mundo

Esta foi a notícia que frequentou as mídias mundiais, na semana passada:

Cerca de 200 bilionários e milionários de diversos países do mundo subscreveram uma carta aberta, coincidente com a reunião dos países ricos em Davos na Suíça , pedindo aos governos que aumentem os impostos sobre suas próprias riquezas ,diante da constatação de que a concentração explodiu, especialmente durante a Covid 19(cuja conta enriqueceu os ricos e está sendo paga pelos pobres), aprofundando mais a crise social que ameaça o mundo.”

Queridos amigos, minhas queridas. Não sou eu, nem é o Papa  Francisco, nem é nenhum sonhador preocupado em reformar o mundo(como há os que nos consideram) a dizer isto, mas é a Carta aberta dos multi bilionários dirigida aos governantes do mundo. A carta assim inicia :

Vivemos numa era de extremos: o aumento da pobreza e o aumento da desigualdade do crescimento da riqueza;  o aumento do nacionalismo  antidemocrático;  o extremo das mudanças climáticas e a deterioração ecológica;  as profundas vulnerabilidades em nossos sistemas sociais compartilhadas; e a oportunidade cada vez menor para bilhões de pessoas comuns de ganharem um salário que lhes permita viver…”

Após este diagnóstico dos ultra milionários e multibilionários, no mesmo tom continua a carta:

Os extremos são insustentáveis, muito frequentemente perigosos e raramente tolerados por muito tempo. Então, porque nesta era de mudanças, vocês continuam a tolerar a extrema riqueza? Perguntam e prosseguem:

A história das últimas cinco décadas é a história de uma riqueza que não flui, a não ser para cima. Nos últimos anos esta tendência tem se acelerado.”

Meus livros, desde o primeiro a IDADE  DO HOMEM, de 1980  até os últimos, especialmente Por uma Civilização Participativa e Solidária- A PROPOSTA e tantos outros livros de estudiosos e humanistas, como também tantas vozes no mundo, e cito recentemente a do Papa Francisco, tem alertado para esta tragédia, de que a riqueza  no sistema atual só “flui para cima”, isto é só se concentra em favor dos  mais ricos.. Mas agora, queridos amigos, minhas queridas, são o próprios concentradores da riqueza do mundo que denunciam a crueldade e a insustentabilidade  da concentração. Eles reconhecem no prosseguimento de sua carta:

Nos dois primeiro anos da pandemia da Covid 19,os 10 homens mais ricos do mundo duplicaram sua riqueza ,enquanto 99% das pessoas viram sua renda cair.

Bilionários e milionários- nós- viram sua riqueza crescer em trilhões de dólares, enquanto o custo de simplesmente viver está agora excluindo as famílias comuns em todo o mundo”.

E seguem os bilionários  na mesma carta, num clamor que não sei se devo chamar de trágico, de uma tragicidade que se aproxima do cômico pelo absurdo, denunciando uma realidade que não pode esconder a tragédia:

“A solução é clara para todos verem. Vocês, nossos representantes globais (os governantes reunidos em Davos).Vocês, tem que nos tributar, a nós, os ultra ricos, e esta tributação tem que começar agora.

Agora é o momento de enfrentar a riqueza extrema, agora é a hora de nos tributar a nós, os ultra ricos (que concentramos ,diriam, a riqueza do mundo).”

Enfim,  terminam sua carta lamentando que “Muitas vezes mães e pais verão seus filhos passar  fome enquanto os ultra ricos contemplam sua crescente riqueza”. E seguem: o custo da ação é muito mais barato do que o custo da inação…e concluem: O que- ou quem-está impedindo vocês? 

Tributar a extrema riqueza, clamam os extremamente ricos. Terão se convertido, ou verão  apenas  que o custo do tributo é mais barato do que o custo do crescimento da pobreza? 

Surgem então as perguntas necessárias, ou como dizem, que não podem calar: 

Será a tributação um instrumento adequado para transformar a economia, o sistema de concentração e crescimento da pobreza que as inovações da tecnologia tornam cada vez mais rápido? Ou não será, por acaso, apenas uma sinecura para a sobrevivência do estado atual do próprio sistema de concentração que, afinal, se sente ameaçado pelo crescimento da pobreza?

Caros amigos, queridas amigas. Tal é a gravidade dessas perguntas que deixo uma análise maior de seu significado para ser feita em nossa próxima reflexão

Por ora, no entanto, quero que se fixe a importância da admissão da insustentabilidade material e do reconhecimento da  imoralidade etica do sistema de concentração, reconhecimento feito pelos próprios concentradores, graças à concentração, donos das maiores fortunas do mundo. De toda forma, que reste por ora, um aplauso para a disposição dos bilionários e milionários de abrir os olhos e reconhecer a insustentabilidade do sistema de concentração e talvez, reconhecendo, contribuir para sua superação, para a transformação do sistema.

Mas essas questões deixam conosco uma dúvida à que a Carta não responde e por isto quero levar à sua análise e reflexão. Quero perguntar se a taxação tributária sobre os ultra milionários, ou os bilionários, será a resposta para criar a nova civilização participativa e solidária, ou seja, sustentável, mais humana e cristã, ou será apenas uma forma de sustentar sua sobrevida?

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AINDA SOBRE  CARTA DOS  BILIONÁRIOS.(II)

No vídeo anterior me referi ao despertar da consciência dos milionários e bilionários-é assim que eles se auto denominam – ao escrever uma Carta aberta coincidente  com a reunião dos países ricos em DAVOS na Suíça ,pedindo, ou quase implorando aos políticos, ao governantes de países ali reunidos, que tributassem ou aumentassem os impostos sobre suas grandes fortunas. Suas grandes fortunas que, confessam, concentram a maior parte da riqueza  do mundo.

Nesse mesmo vídeo anterior,  levantei  dúvidas sobre  se esta iniciativa, meritória em si, serviria para acabar realmente com a extrema pobreza do mundo, ou para diminuir as desigualdades cujo crescimento ameaça as economias ou melhor dizendo, as grandes Corporações com seus sistemas globais e as economias que as hospedem

Eles ,os todo-poderosos multimilionários ou bilionários que ,conforme reconhecem em sua carta, representando apenas 1% da população mundial concentram 54% da riqueza global ,acabando por deixar, portanto, apenas 46% dessa riqueza para os 99% restantes da população mundial 

Pois bem, este   vem se agravando de ano a ano,   e, o que mais os preocupa, a eles, os  multi milionários ou bilionários, é que sua riqueza vem se tornando insustentável por causa da dimensão das desigualdades que a cada dia vem aumentando.

Esta ameaça não é nova, mas é enormemente significativo que, afinal , seja percebida e confessada por seus próprios beneficiários.

Em meu livro   me referi à esta desigualdade com base em dados de 2017 da Consultoria inglesa OXFAM, obtidos junto ao BANK CREDIT da Suíça.

Pois bem. Já naquela  data,2017, o livro denunciava:

…” 1% da população mundial possui 50% da riqueza global, restando, portanto apenas outros  50% para o restante 99% da população.”

Usando dados da mesma fonte do Banco de Crédito Suíço analisados também pela OSFAM, meu outro livro A NOVA UNIVERSIDADE NUM MUNDO EM TRANSFORMAÇÃO, dois anos antes também já denunciava:

Em 2014, a concentração nas mão de 1%  da população mundial era “ de 48%, sobrando, portanto 52% para o restante da população mundial ,o que parece um crescimento pequeno da desigualdade. Mas se considerarmos que este crescimento aconteceu em apenas 2 anos, veja-se a velocidade com que a desigualdade  vem aumentando.

Esses números da desigualdade, que crescem de ano a ano transformados na tabela abaixo, mostram a verdade e a dimensão desse crescimento. Vejam:

Em 2014:1% dos mais ricos possuíam 48% da riqueza, 

                                  sobrando 52% para os 99%os restantes.

Em 2017:1% dos mais ricos já possuíam 50% da riqueza,

                                  sobrando 50% para os 99% os restantes

Em2022,agora,:1% dos mais ricos possuem,54% da riqueza

                                 sobrando apenas 46% para os restantes      

Veja-se nesta tabela a verdade da conclusão anterior sobre o crescimento da desigualdade, que  era de 4 pontos em 2014,dobrou em 1922 para 8 pontos, ou seja a riqueza dos 1% mais ricos cresceu  1 ponto percentual por  ano. 

Ao finalizar a Carta, os bilionários confessam mais um fato significativo. Vejam o que eles dizem: 

-a cada 24 horas esse processo continuo e crescente de concentração, dizem, fabrica  mais um bilionário.

Mas esquecem de acrescentar que, como consequência estão sendo fabricados diariamente centenas OU MILHARES DE EXCLUÍDOS. 

Enfim, num recado final, talvez descobrindo agora o que  também já estava alertado  em meus livros ,em nossas redes sociais e por tantas vozes respeitáveis em  tantas línguas e em tantas partes do mundo:

Agora, eles também os milionários e bilionários, alertam,dirigindo-se aos  governantes dos países:

“A hora  da tributação é esta ,o que os impede de fazer?   prosseguem:

Nada DEVERIA IMPEDIR. Lógico que os recursos da tributação dos bilionários permitiria a deflagração de  ações púbicas e sociais muito além das que são feitas para  promover os  miseráveis que crescem no mundo.”

O que nos alertam agora os multi milionários e  bilionários é verdade. Mas é aqui que vem as perguntas do vídeo anterior, à espera de resposta.

É ,portanto, aqui e agora, que quero  convidar você, meu querido amigo minha querida amiga, a me acompanhar numa reflexão sobre esta resposta, ou essas  respostas para aquelas perguntas do vídeo anterior, aquelas perguntas a que me referi, como   “não querendo calar”, respostas à perguntas que, tenho certeza, os que costumam me acompanhar nas redes  sociais estão lembrados.

Será a tributação da riqueza concentrada nas mãos dos  multimilionários, bilionárias, ou trilionários, ainda que destinada a ampliar os programas de assistência  ou de esmola social, o instrumento adequado para transformar e por um término aos sistemas de concentração e exclusão°?

 ou continuarão esses mesmos sistemas concentrando e excluindo, enquanto parcela cada vez maior da população mundial,(e brasileira,também, acrescento) continuará sobrevivendo na exclusão,  na dependência cada vez maior  da esmola, ou da assistência pública, as formas modernas de escravidão? 

Me refiro à escravidão porque grande parte, ou a maior parte da população terá que se submeter àqueles que  os sustentam, sem nunca alcançar a autonomia da auto sustentabilidade, o que significa sem nunca alcançar a dignidade humana de ganhar sua própria renda viver, na liberdade em plenitude, mas viverá num mundo onde o desequilíbrio global, continuará cada vez maior, fabricando um bilionário por dia, entrando para a nova classe a quem a riqueza, os sistemas globais em todos os setores de atividade humana, terão também concentrado todo o poder, todo o conhecimento, toda a cultura.

Quero dizer que os que passaram a ter todo o poder nas mãos, os meios de impor a todos  seus interesses, seus valores, sua visão da vida e do mundo, enfim, o poder de pensar por todos, esses irão formar  esta nova classe, constituirão a forma moderna de uma ditadura global como nunca houve, onde alguns, eles, os milionários e bilionários ou trilionários, terão  toda a riqueza e, em consequência, todo o controle do mundo, ou diria melhor, da civilização,em suas mãos, independentemente de serem tributados ou não, a tributação feita esmola para os excluídos.

Enquanto isto com essa outra parte, a dos excluídos e assistidos, formando a nova forma de escravidão na era do poder global com essa outra parte, a civilização ao invez de compor  a  nova civilização humanizada, ou participativa e solidária, tornará real a ficção do mundo que George Orwel  imaginou em seu livro 1984,ou Ray  Bradbury em Farhrenheit 451,ou ainda Aldous Huxley em seu Regresso ao Admirável Mundo Novo

A ficção se terá tornado uma trágica realidade.

Esta a grande, a maior questão, a questão que diz respeito à civilização ou à dignidade humana.

Enfim, uma reflexão sobre  como seguramente a iniciativa louvável, da tributação dos milionários e bilionários com o fim de ampliar aumentar os recursos destinados programas sociais.

Penso que é preciso ir além, muito além do que ampliar os programas sociais, ou assistenciais, necessários  por causa das desigualdades sociais, ou dos  desequilíbrios que elas provocam, desequilíbrios  que  afinal, os próprios beneficiários dos desequilíbrios reconhece.

Quero dizer que é preciso chegar ao ponto de equilíbrio, ou eliminação DAS DESIGUALDADES  SOCIAIS de modo que já não sejam necessários os programas assistenciais, mas se chegue à sociedade justa, equilibrada e por isto sustentável.

 Enquanto  não se der este passo,capaz desubstituir o assistencial pelo promocional,pela distribuição adequada da  riqueza,do poder e de todaos os benefícios  qe deles decorrem é fácil aos sistemas ou aos que  que concentram a riqueza do mundo é transferir sua carga tributária para os usuários de seus produtos, para os que os sistemas de concentração excluem, e não haja dúvida de que isto farão.

Acresce também que independentemente desse  efeito perverso, deve-se considerar que os valores dessa carca  tributária, solicitada e imposta sobre os sistemas, ou as grandes corporação, ainda que possam ser altamente significativos para os orçamentos públicos, serão insignificantes, quero dizer, terão pouco  significado ou significado nenhum para os milionários, bilionários ou trilionários e seus sistemas ,comparadas as dimensões de dos orçamentos públicos com  as dimensões dos sistemas.

 Por essas razões, para eles, os multimilionários ou bilionários, é fácil, propor aos governos a tributação ou dizer, como disseram na Carta:

A hora da Tributação é esta, o que os impede de a  fazer?”

Queridos amigos,  minhas  amigas. 

Se esta, a tributação da super riqueza não é o caminho, ou ao menos, não é o caminho suficiente para eliminar as desigualdades que crescem no mundo, qual o caminho de superar a insustentabilidade, ou a ruptura da economia, ou  da própria civilização?

Quero convidar você, meu querido amigo, minha querida amiga, para  refletir  comigo neste e brevemente no próximo vídeo, o terceiro da série a partir da Carta dos Bilionários, sobre a proposta necessária  para ,além de assistir aos excluídos, fruto da competição e da concentração, contribua, efetivamente para a construção de uma nova sociedade onde o extremo da desigualdade seja eliminada e se caminhe para uma  sociedade justa, sustentável, humanizada.

Enquanto aguarda esse terceiro vídeo, convido você a refletir, comentar e compartilhar  este vídeo e o vídeo anterior. Dedicando a esta reflexão um pouco de seu precioso tempo, você estará contribuindo para a construção da nova Civilização Participativa e Solidária. 

                                                       Um grande abraço,-

Mas meus queridos ,minhas queridas amigas.Cobrem-se os impostos,mas os sistemas,fortalecidos até pela  melhoria de sua imagem, continuarão comandando O MUNDO Ea  cada dia mais um bilionáerio novo aparecerá na  India,no Canadá,na Suécia,na China,ou nos Estados  Unidos,para socorrer os expelidos do sistema em crescimento,em qualquer lugar,pois nunca se saberá de onde serão,mesmo porque para eles a nacionalidade continuará tendo cada vez menso significado.

A concentração continuará,porqueo valor dos tributos,rapidamente será jogado no custo do tributo e pago pelos  consumidores. e mesmo porque, o que significariam alguns Bilhões de dólares a menos ou euros, ou rublos, ou yens, sobre  os trilhões de dólares tributados,? Ou os Milhões,sobre os Bilhões., as os  sistemas de concentração continuarao, cada vez mais foretalecidos,porque ainal,são filantropos em favor ds excluídos,e fortalecidos porque cada vez mais fortalecidos,cada dia mais  dominarão a média e,amanhã a ineligencia artificial,ou os logaritmos eu comandarão o mundo,

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