Já ouvi muitas vezes na vida, depois de eventos de grande repercussão, como uma guerra, um atentado terrorista, uma calamidade pública, frases do tipo : O mundo jamais será o mesmo depois  disto, ou o Brasil nunca mais será o mesmo….Agora, nesses tempos de corona vírus voltei a ouvir muito  essa frase.

No entanto apesar disto o mundo nada mudou…ou mudou um pouco no dia seguinte, um pouco menos alguns meses depois, e depois de alguns anos, tudo voltou ao normal E O NORMAL,NESSA LINHA DE ANÁLISE,É TER VOLTADO AO QUE ERA ANTES. Mudado nada. Faço uma pequena correção-

Não lembro com certeza se, com meus nove ou dez anos , ao término da segunda  guerra mundial OUVI PELA PRIMEIRA VEZ esta frase. De toda forma, o mundo, ou a humanidade não ficaram muito diferentes, mesmo depois daquela carnificina mundial que custou cem milhões de mortos, muita dor e muita destruição no mundo.

Verdade, foi criada a ONU, que, nesses 70  anos, talvez tenha evitado uma  nova guerra mundial, conseguido mediar algumas guerras localizadas e, especialmente, produzido uma série de documentos em favor da humanidade, como a Declaração Universal dos Direitos Humanos, os acordos em favor da preservação da natureza, ou sobre as armas nucleares, o que, sem dúvida, tem algum significado .

 Mas o mundo continua o mesmo, as desigualdades horrorosas que separam países, pessoas, povos inteiros relegados à miséria, à fome e ao medo, forçados às migrações que geram uma nova forma de escravidão.

Por isto, apesar da ONU e de outros organismos internacionais de cúpula, as tensões internacionais continuam, as armas nucleares  e outros artefatos de igual poder destruidor,  permanecem na  dependência de que um dedo de um desse malucos quem imaginam dominar o mundo, aperte o botão.

 Assim continua a insegurança sobre o futuro, enquanto nosso Planeta, nossa casa comum  continua sendo destruído, enquanto os sistemas de competição  e de concentração continuam excluindo e ameaçando os mais fracos…e isto, como no mundo selvagem, com toda a força da ciência e da tecnologia se acumulando  nas mãos de sistemas globais, que destroem o pluralismo e a liberdade do mundo, sobretudo a liberdade de consciência do pensamento .O mais grave é que isto  tudo nem é percebido ou, se percebido ,é considerado normal. Vence o mais forte, como é a regra do mundo animal

Penso, no entanto, que um  pequeno passo, depois do trágico evento da segunda  guerra mundial, mas  que deve ser visto em seu significado maior, foi dado com a criação, do então Mercado Comum  Europeu, origem da atual União Europeia.

Vejo na União Europeia um passo significativo em favor da solidariedade de países que antes viviam se destruído em guerras sangrentas, o que demostra que a cooperação é possível no lugar da competição, que exclui. Demonstra também que a cooperação, ou a solidariedade, é capaz de  promover a participação dos mais excluídos e, no caso da União Europeia, podem ser citados a Grécia e Portugal ou, mais recentemente, mais de uma dezena de países, que por mais de 70 anos foram vítimas da  ditadura Soviética, e que hoje estão acolhidos pela União Europeia.

Mas, apesar desses significativos exemplos, o mundo não mudou e temo sobre o futuro da própria União Europeia, porque os sistemas  da competição e da disputa pelos mais fortes, os sistemas da concentração e da exclusão, continuam sendo ensinados nas universidades e nas teorias de desenvolvimento ou de organização social.

E mais: continuam sendo aceitos, divulgados e prestigiados nos meios de comunicação e praticados pelo beneficiários desses sistemas, os que deles se beneficiam na economia, na política ou no poder, como se ainda estivéssemos nos séculos passados, antes da revolução da Ciência e da Tecnologia tudo mudou tudo, menos os sistemas de exploração e em que hoje estamos vivendo.

Essas teorias e práticas ultrapassados pelos avanços da Ciência e da Tecnologia se fortalecem dessa forma na cabeça de muitos governantes e líderes mundiais, como se viu no brexit da Inglaterra, se vê nos Estados Unidos de Trump, na China de  Xi Jinping, na Rússia de  Pútin ou na discussão estéril no Brasil dos extremos e dos meios que, nada pensam ou nada propõem de  novo, mas apenas lutam pela manutenção da ordem atual ou pelo retorno ao passado.

Temo que, apesar da frase repetida de que nada será como antes ,temo que passada a pandemia do corona vírus, tudo acabe voltando ao que era. Mais. Temo que tudo possa ser um pouco pior, se não houver a mudança, nas pessoas e nas instituições, porque o processo de exclusão se terá agravado, os excluídos terão ficado mais excluídos  e os beneficiários ,serão mais beneficiados, os fortes mais  fortes.

Fiz essa análise, que acabou mais longa do que desejava, uma vez que, de novo, nesses tempo de pandemia ouço ,a toda hora e por todos os meios, o mesmo refrão: Após o corona virus, o mundo  não será  mais o mesmo.

Mas se esta mudança nas pessoas e nas instituições, na consciência das pessoas  e na organização social ,do Brasil e do mundo, não vier a ocorrer, se tudo voltar ao normal, isto é, ao que  era antes, haveremos de ver a mesma competição entre pessoas, grupos e  Nações. Se continuará vendo crescer a mesma concentração, que irá na proporção de seu crescimento excluindo pessoas, grupos e  nações- sempre os mais fracos,mais excluídos .Se continuará vendo a humanidade dividida cada vez mais  entre os beneficiários dos avanços  da Ciência e da Tecnologia e suas vítimas, se continuará vendo a mesma perda dos valores essenciais e a mesma insegurança sobre o futuro, no rumo de alguma forma de ruptura consequência certa do desequilíbrio.

De tudo o que disse, e do muito mais que poderia dizer, penso que ficou evidente que não basta, para promover a mudança necessária, o choque das tragédias, seja das  guerras, do terrorismo, ou da pandemia como a corona vírus ou a que vier adiante, sejam as crises econômicas, a violência, a perda de valores, sejam as consequências do mau uso dos avanços da ciência e da tecnologia.

Para que o mundo seja outro, é preciso que cresça no mundo, que cresça aqui, no Brasil ,em cada comunidade,  que cresça nas pessoas, em mim e você, meu querido, minha querida amiga, cresça, se una e se manifeste  a Massa de Consciência, em favor das necessárias mudanças.

 Para isto, para   que esta consciência seja eficaz, é necessário saber quê mudanças devem ser feitas. É preciso que cada um, eu e cada um de vocês, saibamos o que queremos ser e saibamos para onde ir, saibamos, enfim, quê sociedade, quê nova ordem mundial deva ser construída, capaz de superar os desequilíbrios que estão crescendo e continuarão a crescer no mundo.

Colaborando com você, meu querido amigo, minha querida, procurando dar uma contribuição por pequena que seja, para o advento dessa nova ordem,  uma nova civilização diferente, mais justa, mais humana, mais participativa e mais solidária, me permito sugerir, se você quiser se pôr mais por dentro de todas essas questões e, de um modo especial para conhecer melhor nossa proposta por uma Civilização Participativa e Solidária, quero sugerir a você que visite especialmente nosso Site(www.participacaoesolidariedade.com.br e acompanhe nossa rede social.

Nesse Site você vai encontrar uma centena de vídeos e artigos sobre essas questões. Escolha o que mais lhe interessar, acesse, ponha-se por dentro, reflita, comente e,  se desejar e compartilhe.

Deixo também meu convite para você, que me acompanhou nesses minutos de reflexão, que faça seu comentário sobre este vídeo. Sua contribuição é importante ,também compartilhando com seus grupos e com seus amigos para que, passada a pandemia, nada mais  seja como antes, mas a humanidade  venha a ser muito melhor, muito mais  humana, muito mais participativa ,muito mais solidária.

Aqui das distancias impostas pelo corona vírus, um grande abraço.

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