Três economistas ligados a Universidades americanas, foram anunciados como ganhadores do Prêmio Nobel de Economia neste ano de 2019.Poucos sabem que o Premio Nobel de Economia não é propriamente um Prêmio Nobel, pois foi criado mais de 60 anos depois, pelo Banco Central da Suécia, como “prêmio do Banco, para as Ciências Econômicas em memória de Alfred Nobel” sendo também o banco quem financia o prêmio para os agraciados.  

Alguns descendentes de Alfred Nobel não aceitam essa carona dada pelo Prêmio Nobel aos gênios da  economia, por considera-lo apenas um “campeonato de relações públicas entre economistas” como declarou Pieter Nobel, sobrinho bisneto de Alfred Nobel, criador e financiador  do Prêmio Nobel das outras categorias, através de um fundo criado com parte de sua enorme herança. 

Pois bem, entre os 50 prêmios concedidos a economistas desde sua criação em 1969,( os Prêmios Nobel foram criados  em 1901), 35 deles foram atribuídos a economistas americanos que ainda participaram de mais 8 prêmios em parceria com gênios econômicos de outros países, mas nenhum deles foi atribuído aos economistas chineses que estão criando a, por ora dita, segunda maior economia do mundo, brevemente a primeira; 

Neste contexto, o Prêmio do banco da Suécia, em memória de Alfred Nobel, tem sido frequentemente ministrado a estudos dos economistas dos Estados Unidos e de outros países ricos, sobre a economia dos pobres. Esse de 2019,por exemplo, foi atribuído aos três pesquisadores das Universidades americanas “por sua abordagem experimental para aliviar a pobreza  global”, como foi justificado. 

 Contrastando com essa preocupação, no entanto, nenhum prêmio foi atribuído aos pobres e suas fracas economias, que, apesar disto, os sustenta, aos pobres, para sobreviver. Sobre eles melhor é premiar estudos e trabalhos… 

 Mas neste contexto do Banco da Suécia, das economias dos ricos, da passarela das vaidades começo a entender melhor porque os pobres do terceiro mundo, nunca foram agraciados pelo Premio Nobel de Economia, embora com essa economia dos pobres, sobreviva dois terços da humanidade. 

Mas um premio Nobel de Economia aos pobres do terceiro mundo faria sentido sim,como expressei num poema,  talvez considerado longo demais pelos atarefados em produzir resultados que  os afaste dessa coisa ultrapassada de refletir, ou pensar, e também considerado injustificável o Premio Nobel de Economia aos Pobres do Terceiro mundo, por se tratar apenas de um sonho, ou um poema que não tem nada a ver com a realidade prática do mundo, bem captada pelo Banco Central da Suécia. 

Eles estão certos . O poema fica para os poetas, e os pobres do terceiro mundo continuarão matéria prima para brilhantes teses e estudos dos economistas do primeiro mundo serem agraciados com os fundos do mesmo Banco central. 

Para os poetas,  para os pobres do terceiro mundo, para os que tem consciência que os pobres e os poemas existem, e para os que dispõem de  alguns minutos para a reflexão, transcrevo de meu livro Roteiros para o Centro do Mundo o Poema Ode ao Nobel de Economia na esperança vã de que um dia os pobres do terceiro mundo, sua economia ou seus poemas, possam  ser ouvidos…alguma dia… além dos prêmios… ainda que sejam os prêmios não mais que “campeonatos de relações públicas” dos economistas do primeiro mundo. 

POEMA
ODE AO NOBEL DE ECONOMIA 

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