Vamos falar agora da Massa de consciência.
O conceito de Massa de Consciência vem descrito da seguinte forma, no livro Participação e Solidariedade, a Revolução do Terceiro Milênio (II), livro que embasa a Carta e do qual a Carta constitui, uma síntese.
Diz o livro: ”…crescem no mundo os conceitos, a prática e a consciência de novas dimensões humanas: a fraternidade, a cooperação, o direito à participação e ao exercício efetivo e universal da liberdade; a consciência e a prática dos direitos humanos, o exercício e os sentimentos de solidariedade; a aspiração pela justiça e pela paz”. (Participação e Solidariedade, a Revolução do Terceiro Milênio(II)- Editora Unisul, 2004). Esta é a definição dada pelo livro Participação e Solidariedade.
A Carta, retoma a explicitação do conteúdo da Massa de Consciência, desenvolvendo seu conceito da seguinte forma:
“Neste contexto, constitui valor essencial da massa de consciência, a dignidade humana, a qual pressupões o respeito e a promoção dos direitos fundamentais do homem – desses direitos ,em primeiro lugar, o direito à vida e à igualdade de oportunidades de acesso aos bens necessários para vivê-la na maior plenitude. Este processo de valorização da vida, como valor básico, ou original, deve ser estendido a todos os seres humanos, independentemente de cor, raça, cultura, crença, categoria social, ou qualquer outro atributo.”
E prossegue:
“ Como corolário, o pluralismo de culturas, de pensamento, de regimes políticos, de crenças ou de costumes, constituem pressuposto para o exercício da dignidade humana, das liberdades individuais, da convivência harmônica, da paz e da segurança entre os povos. Este é o caminho – e não há outro, para sobrevivência do Planeta e plena humanização dos que nele habitam.”
E conclui:
“ São esses valores, e outros que os integram – a justiça, a igualdade, o repúdio à prepotência e à destruição da natureza, que encontram sua síntese nas dimensões éticas da Participação e da Solidariedade.”
Esses valores é que constituem o conteúdo essencial, o conceito, da Massa de Consciência que se difunde e cresce no mundo de forma irreversível e que a Carta por uma Civilização Participativa e Solidária propõe como fundamentos e marca da nova civilização, a que chama de civilização pos tecnológica, a nova organização social que deve vir como consequência dos avanços científicos e tecnológicos que acontecem, em dimensão e velocidade a cada dia maior.
Basta abrir uma janela para o mundo e se verá que a Massa de Consciência constitui uma nova força que se expande e irmaniza todo o Planeta, desde o mais longínquo oriente ao ocidente levando, cada vez mais, às ruas, homens e mulheres, jovens, adultos, velhos, e crianças, sobretudo jovens – as novas gerações, exigindo respeito à esses valores e repudiando tudo e todos aqueles que a eles se opõem, não apenas pessoas, grupos ou instituições, mas se opõem sobretudo às estruturas, ou a organização social concentradora e excludente, que ainda é imposta à sociedade em dimensão global, sob a forma dos regimes capitalistas e socialistas marxista.Gente,é preciso entender que esses regimes,esses modelos de o organização social foram criados nos século XVIII e XIX,no tempo do trem de ferro,da máquina vapor, quando nem telefone existia, em automóvel, menos ainda o avião, a internet e tudo o que caracteriza o n osso mundo de hoje. Não podem dar certo.
É urgente que se faça a transformação ,mudando esses modelos ultrapassados pelo novo modelo baseado na massa de consciência, para evitar que o mundo ,os países, as pessoas, eu e você, nossos filhos e netos tenham que pagar um preço muito alto, pela nossa omissão.
Através da história, as massas, geralmente feitas massas de manobra, assim chamadas porque servem apenas como instrumento de promover interesses nem sempre claros, ou geralmente canalizados por líderes mais ou menos carismáticos, se constituíam no passado de grupos de pessoas, de categorias sociais, às vezes até de povos inteiros, cujas características mais comuns eram a perda da identidade própria, a obediência cega a seus líderes, a pouca capacidade de percepção e análise, ou enfim a perda da consciência individual . Assim foram as chamadas massas trabalhadoras, ou massas proletárias, como exemplo nas revoluções russa ou chinesa, as massas que se sacrificaram numa guerra suicida na defesa do nazismo e seu líder, a burguesia parisiense, ou montanhesa, na Revolução Francesa, ou as que constituíram as hordas bárbaras, assim chamadas as massas de povos periféricos que se abateram sobre o Império Romano e o destruíram. Sempre foram elas, as massas , elementos decisivos para as transformações sociais.
Mas há uma grande diferença quando se fala em Massa de Consciência, conceito que significa quase o oposto daquele, pela presença da consciência, individual e coletiva, que já vem expressa em seu próprio nome.
A Massa de Consciência ,que se difunde e cresce no mundo ,é constituída por valores compartilhados por pessoas, milhões ou bilhões de pessoas, unidas pelo melos mesmos sentimentos e aspirações por eles inspirados. Vê-se e comprava-se isto a cada dia na mídia, mas quero dar meu testemunho pessoal que vi e vivenciei essa mesma massa na China como na Rússia, em Moçambique como na Europa, nos Estados Unidos, na América Latina ou no Brasil . Desta forma pode-se dizer que a Massa de Consciência supera as limitações do tempo e do espaço, em sintonia com as características da ciência e da tecnologia que globalizaram o mundo, e que caminham com maior velocidade no mesmo sentido, através da internet, das redes, da virtualização das coisas e dos comportamentos, eliminando diferenças e aproximando distâncias. É esta sintonia que faz da Massa de Consciência a força propulsora, ou o instrumento que pode fazer, e fará, a transformação civilizatória, queiram ou não , acreditem ou não ,os que ainda não perceberam o momento, ou que se opõem à mudança, querendo perpetuar o sistema, ou a organização social que os beneficia. Mas se esses prevalecerem, se não houver a mudança, não tenhamos dúvida, será o caos e a ruptura.
No entanto, para que esta transformação aconteça, conclui o livro “Participação e Solidariedade :
“É necessário e urgente que os valores da Massa de Consciência,desta forma sintetizados sejam assumidos, individualmente, pelas pessoas e, coletivamente, pela ação da sociedade”
E a Carta por uma Civilização Participativa e Solidária completa:
“Este convite para construção do mundo melhor,participativo e solidário dirige-se especialmente às universidades,às organizações sociais,aos governos constituídos e às lideranças políticas ,bem como a outros segmentos da sociedade: os comunicadores.os produtores da arte, a inteligência e a cultura- e,ainda,às Igrejas e filosofias de todas as ordens,para que se debrucem sobre o momento e o processo,promovendo uma análise atenta,profunda e eficaz,sobre o que está ocorrendo no mundo,suas incertezas e sucessão de crises, formulando,em decorrência,propostas sitematizadas e operacionais para superar,ou reverter o processo de ruptura,grave ameaça que paira sobre a civilização.”
Este convite, meu amigo,se dirige a você!
Um mundo melhor é possível.