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Para que  a sociedade do futuro ,onde já começamos viver como consequência dos avanços  da Ciência e da Tecnologia, e para que o  vácuo ou o vazio produzidos  pela  perda de  valores, não seja ocupado pela  violência, seja a violência entre pessoas, grupos, países ou  nações, ou  seja ,para alguma outra  forma de ruptura ,como vimos na serie anterior.

é preciso  e é urgente que as pessoas, cada uma em seu espaço de ser, de agir ou de  atuar, se não puder colocar-se- à frente das mudanças  trazidas por esses  avanços, consiga ao menos colocar-se  em harmonia com a velocidade  com que a ciência e  a tecnologia transformam a sociedade, dando  origem a uma nova civilização.

No entanto este ser ,agir e atuar, não se refere apenas à pessoas, mas se  refere de uma importância muito  essencial ,  aos que influem  ou aos que governam o mundo, ou comandam as instituições, sejam os sistemas globais, ou sejam as empresas, as comunidades, a organização social.

 Além das pessoas, eu e você portanto, é necessário que os responsáveis, seja qual for sua espécie,ou sua dimensão, façam sua parte na transformação das instituições sob sua responsabilidade ou de que fazem  parte. 

Se esta responsabilidade não for assumida, não importa quais sejam as razões alegadas, seguramente o futuro, este futuro da civilização dos avanços da ciência e da tecnologia, que já  começou,nós mesmos estamos ameaçados de  alguma forma de ruptura. Eu, você, ou os que vierem depois de nós: as próximas gerações.

No entanto há caminhos para que esta ameaça não aconteça e quero comentar hoje um dos assuntos que, embora seja uma das maiores conquistas humanas, se não forem adotadas medidas adequadas para  sua utilização, pode se transformar numa ameaça para a espécie humana, ameaça muito maior que a descrita pelo escritor George Orwel no livro A REBELIÃO DOS BICHOS . 

Isto mesmo. Se  hoje eu fosse escrever um livro semelhante esse livro deveria ser chamado  A REBELIÃO DAS MAQUINAS ,e diria mais, este livro, A REBELIÃO DAS MÁQUINA, não seria  um livro de ficção como é A REBELIÃODOS BICHOS, mas seria de fato  a antecipação do futuro que aguarda a espécie humana, ou a civilização.

A ameaça  a que estou me referindo se refere ao estágio a que está chegando o avanço sucessivo da inteligência artificial que, segundo os noticiários, já está esta sendo capaz de formular novos raciocínios além do que está programada para fazer, novas conexões mentais que ,por isto, se igualam ao pensamento humano. 

Sei que teoricamente esta identidade entre o raciocínio da inteligência artificial e o raciocínio da inteligência humano seria um passo impossível, em função do abismo ontológico entre  executar uma programação e criar novos conceitos, ou novas equações intelectuais. 

No entanto se alcançada essa capacidade, até chegar a dominar seus programadores, ou, melhor dizendo, para submeter as pessoas, e digo ainda mais, para dominar a civilização, ou a espécie humana, é um passo só.

É nesta perspectiva, especialmente ,na regulamentação dos usos dos  avanços da inteligência artificial ,que ouvi com satisfação a iniciativa  da União Europeia , que acabou de legislar sobre esses avanços

 Espero, que  essa legislação defina os usos e os limites da inteligência artificial, não no sentido de impedir seu desenvolvimento, ou a pesquisa  científica sobre seus avanços, mas defina como ou até onde ela pode ser usada, e sobretudo, que medidas devem ser adotadas para que a inteligência humana, cresça e se desenvolva mais do que ela,  a inteligência artificial ,e não venha a ser  dominada por ela.

No Brasil, segundo ouvi no noticiário, a questão da inteligência artificial também está sendo tratada, mas apenas no nível técnico, ainda sem que caminhem com a urgência necessária as dimensões  jurídicas e morais que também precisam ser definidas.

Acrescento que, isto considerado, além de uma questão jurídica e de uma questão no mais alto nível civilizatório muito além da técnica, está envolvida também uma questão moral, pois diz respeito ao que pode e ao que não pode ser feito, ou seja diz respeito ao bem e ao mal, o que pode e o que não pode ser feito é isto ,além de jurídica, tem um dimensão essencialmente moral.

Há portanto três dimensões que devem ser  consideradas na análise da questão da inteligência artificial:

– A questão jurídica que deve definir os limites onde  a inteligência artificial pode e onde não pode ser utilizada, estabelecendo a pena para seu uso indevido.

– A questão moral que vai definir o que é moralmente  aceito e o que é condenável, o que é pecado, se poderia  dizer utilizando a  linguagem religiosa.

– Nessas definições é importante considerar também o direito à pesquisa científica e tecnológica, que, no  entanto não pode por sí, desconhecer e  promover as consequências trágicas que  ameaçariam o homem e a civilização, quer sob o aspecto jurídico, quer sob os aspectos intelectuais  e morais.

Queridos amigos, minhas queridas. Desenvolva seu interesse por  conscientizar-se e entender cada vez mais sobre questões de tamanha importância, não para  atemorizar-se, mas para que ,em seu espaço, você possa contribuir na construção da civilização humanizada, ou seja, participativa e solidária.

Contribua para este objetivo. Reflita, comente, compartilhe.

                                                                                  GRANDE ABRAÇO

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