MAIS UMA VEZ NA HISTÓRIA DOS HOMENS: O MUNDO EM GUERRA

Ode aos  Marines que vão para Morrer

ueridos amigos, minhas queridas amigas,

O mundo está de novo em guerra. Dos milhares de anos, milhares de guerras ,onde parcela da espécie  humana sempre foi morta pela outra metade, e apesar da evolução ou do progresso da espécie humana, ou das  civilizações, parte da humanidade, ou os que exercem ou se apoderam do poder sobre ela, não se convenceram ainda do crime  que cometem contra a vida, contra a dignidade das pessoas, das famílias, dos  grupos humanos e da Civilização. Enquanto isto , seja  Putin na Rússia, ou  seja Netanyahu em Israel ,representam neste momento os que, na história, encharcaram a história dos homens com o sangue fratricida.

No entanto, quero dizer que eles se viabilizam e viabilizam as tragédias das guerras , especialmente por dois motivos, entre outros, que dormitam no subconsciente das culturas ou das sociedades   :                                                                                                                                                             -O primeiro,-pelos que, por suas ações condenáveis fabricam as justificativas para  os senhores da guerra, dentre   os quais, hoje ,são representantes icônicos o terrorismo e os terroristas.                                                  O Segundo,- pela cumplicidade da própria sociedade que frequentemente age, ou se manifesta pelo apoio aos senhores da guerra ou pelo alheamento dos que fazem por desconhecer os horrores da guerra e seu crime contra  a humanidade, ou contra as pessoas individualmente, alheios aos horrores dos que a promovem, os senhores da guerra.

Nada tenho a dizer mais sobre os promotores da guerra e suas justificativas, como os que usam do terror que que lhes dá tais justificativas com que enganam a muitos para  justificar  a guerra que fazem, mas teria muito a dizer sobre o apoio de parcelas da sociedade aos senhores da guerra, esses que nas sociedades silenciam e se alienam aos horrores da guerra  e ao crime dos que as promovem e esses são os pais  ou as mães dos filhos que partem para morrer, das irmãs e das namoradas, que  veem os irmãos  e os namorados partir e metade, pouco menos ou  muito mais vão e não voltam mais, como há de dizer o poema.

É por essas razões que existem as guerras ,existam e continuarão existindo, enquanto os fazedores da guerra valem-se do terrorismo ou do apoio e alienação de parcelas da sociedade sobre seu crime. Falo seu crime, queridos amigos, minhas queridas! no singular, e não seus crimes, no plural, porque os chamados crimes de guerra constituem apenas faces diversas do  mesmo crime, do crime total do absoluto crime ,que é a própria guerra.

Queridos amigos, minhas queridas!

O livro de poemas, Roteiro para o Centro do Mundo, publicado no ano de 1999 como a publicação do ano, pela Academia Catarinense de Letras, entre outros poemas mostra um que escrevi pelo ano de 1970 enquanto o mundo vivia o surrealista drama, ou a humana tragédia da  guerra dos Estado Unidos contra o Vietnã. O  poema se chama Ode aos  Marines que partem para Morrer.

O Poema se refere a um momento de alienação de parcela da história dos Estados Unidos, mas poderia ser transferido hoje , para a sociedade Russa de Putin ou hebraica de  Netanyahbu,  ou alemã de Hitler, ou italiana de Mussolini, ou, continuando a percorrer a história, à sociedade francesa de Napoleão, ou à sociedade  da Macedônia de de Alexandre o Grande, e a à tantas sociedades  alienadas e alienantes sociedades de tantos outros criminosos fazedores das guerras, que ensanguentaram a história dos homens. Talvez também da guerra contra o Paraguai, da sociedade brasileira, por que não?

                                                                                 Eis o Poema:

                                   Ode aos  Marines que partem para Morrer

DO ABANDONO DA FILOSOFIA,DOS TRIBUNAIS E DA FILOSOFIA DO DIREITO

 

 Osvaldo Della Giustina-17,9,024

Em meu vídeo anterior refleti com você, meu querido amigo, minha querida amiga ,Sobre a necessidade de não perder o dom de pensar e realcei o fato da terrível ameaça que  pesa sobre a espécie humana, de que esta Civilização em que vivemos, possa amanhã ser tornada  simples escrava dos avanços da tecnologia, o que já está acontecendo com muitas pessoas e também com algumas instituições.

O problema se torna mais grave, quando essas pessoas ou instituições tem a pessoa humana como objeto de suas atividades ou de sua convivência, quero dizer, de sua ação ou de sua responsabilidade. No entanto, mesmo que essas pessoas ou essas instituições não atuem diretamente sobre as pessoas, mas apenas sobre as coisas, é evidente que também a escravização da inteligência humana , também neste caso, é grave, por quanto também  as coisas têm a ver com as pessoas que podem vir a ser vítimas das coisa. Por exemplo um prédio que cai, uma barragem que estoura, um desastre aéreo.

Eu estava, nesses dias, a conversar na Academia, e ali se prolongava a crítica sobre os abusos das decisões monocráticas, ou diante das circunstâncias, ou pelas narrativas, quando não dos interesses  do momento, o que vem acontecendo nos tribunais superiores ,como também em outros níveis, no setor judiciário.

Observei ,no entanto, que esses lamentáveis equívocos das formas de decisões judiciais, tinha, na origem uma razão muito mais grave. Me referi às universidades, ou cursos de direito, que há longos anos, talvez desde o tempo  da tecnocracia ou da ideologia militar da segurança  nacional (embora nesses tempos eu criei o curso de filosofia, no que é hoje a Universidade UNISUL ) estava dizendo que nas  universidades ou nos cursos de Direito esta  acontecendo o abandono da disciplina da Filosofia do direito, substituída a Filosofia do Direito pela prioridade dada ao estudo das leis, da história  burocrática do direito, ou talvez da habilidade para  acessar à internet em seu tantos instrumentos de pesquisa, na busca de pareceres ,ou de decisões jurídicas ,havidas em questões  aplicáveis.

Ora, nem as leis, nem os pareceres, nem mesmo as decisões de qualquer tribunal em qualquer  instância por si, são garantia da identificação da natureza de qualquer questão, única forma de garantia de estabelecimento da justiça, a natureza da questão, pois no fundo, no essencial de qualquer questão, nem mesmo a lei é capaz de garantir a justiça, e esta  já é outra questão a ser  discutida, ou a ser buscada, ou para ser refletida.

Na verdade, só a filosofia é capaz de levar com segurança à identificação da verdadeira natureza de qualquer questão, sendo a pesquisa, o processo, a jurisprudência,  QUESTÃO DA LEI À PARTE, constituem apenas instrumentos auxiliares para a definição da natureza do objeto em pauta, e portanto, da APLICAÇÃO PLENA DA JUSTIÇA .

Ora, quando esses princípios, que  nos cursos do  direito deveriam ser objeto a ser ensinado em profundidade  pela disciplina  de Filosofia do Direito,  em geral não estão sendo ensinados em profundidade, ou nem mesmo estão sendo levados à discussão, em muitas universidades, na crença que o importante é a  prática, consequência da pouca importância dada à Filosofia do Direito, relegada  à superficialidade ,ou substituída pela lamentável ou pela ignorância da teoria de que o que importa é a  prática, a filosofia deixa para o treinador do Flamengo, ou da  seleção.

Digo que é nesta lamentável substituição que se formam os chamados  profissionais de porta das cadeias, que amanhã serão delegados, juízes, desembargadores, ministros, de quem se espera a aplicação da justiça pela natureza de cada fato ou questão, ao invés da aplicação pela ideologia de cada um, ou das circunstâncias, ou da pesquisa através da sabedoria da internet, do google, ou amanhã na inteligência artificial, ou seja, da escravização à tecnologia.

Ainda bem que tal desvio não afeta a todos, no exercício da muitas funções ligadas à ministração da Justiça. É graças aos que  ainda estudaram em profundidade  a filosofia do Direito que a Justiça ainda  acontece.

Quero completar convidando meu querido amigo, minha querida amiga, a refletir que situação semelhante acontece em outras áreas da formação dos futuros detentores de funções, especialmente de dimensão humana ou social, como a medicina e outras funções na área da saúde, ou da pedagogia e outras funções na área da educação.

Á título de exemplo, refiro-me na área da medicina, à ética médica, que envolve necessariamente  o estudo  em profundidade do corpo humano como uma unidade de sistemas harmônicos, que não pode ser confundidos com as peças e um  motor de automóvel ou  de qualquer máquina constituída de peças  autônomas interligadas mecanicamente, ao invés de entender a pessoa humana como constituída de sistemas sofisticados de órgãos que atuam harmonicamente, dotados  de uma identidade essencial capaz de superar a limitação do espaço e do tempo e ,portanto ,de uma dimensão transcendental, da qual decorrem toda sua dignidade, e seus direitos de pessoas humanas, inerentes  à sua natureza, desde sua geração até sua morte, onde quer que estejam ou sejam quais forem seus atributos pessoais

Só o pressuposto de um mínimo de profundidade filosófica há de ser capaz de transmitir uma ética médica em consonância com a natureza da pessoa humana, e portanto objeto do respeito a tudo o que decorre desta natureza.

Raciocínio semelhante pode ser estendido aos cursos que  preparam responsáveis pela  pedagogia, ou seja para a educação de pessoas preparadas para viver na dimensão de sua  natureza ou de sua  verdadeira identidade, para viver numa nova   Civilização em transformação pelos avanços da tecnologia, que, se por um lado pode elevar esta nova Civilização a níveis  jamais imaginados, que  alcancem não apenas a dimensão material, mas a dimensão transcendental que constitui a única garantia para o exercício universal dos direitos humanos, ou de uma  Civilização fundamentada na Participação e na Solidariedade, como tenho proposto através de todos os meios  que a própria tecnologia me põe à disposição para contribuir na construção desta nova Civilização  do bem estar  universal, da paz, e do amor .

Sei que nem todos, mesmo meus queridos amigos e minhas queridas amigas, hão de concordar com tudo o que tenho dito, ou proposto ,e nem tenho qualquer pretensão de  obter a unanimidade, o que seria péssimo. Espero apenas ter levado a todos os que acessam ou vierem acessar minha rede social (partcipacaoesolidariedade.com.br) e os que pertencem a seu círculo de relações , uma contribuição,para que possam dar sua contribuição  na busca de um futuro melhor e  plenamente humano PARA esta e para AS PRÓXIMAS gerações.   

Grande  abraço,

 

DA NECESSIDADE DE PENSAR

Queridos amigos, minhas queridas,

É do poeta e teatrólogo T.S. Eliot as perguntas feitas ainda em pleno século passado:  Onde está a Sabedoria que trocamos pelo conhecimento? e o conhecimento que estamos trocando pela informação”?

Costumo traduzir livremente essas perguntas e completar com a grave, como se já não fossem  suficientemente graves as perguntas de Eliot, com algumas graves reflexões, porque já não  estamos só trocando o conhecimento pela informação...

Estamos trocando a informação pelo dado, pelo quantitativo do celular ou de outra maquininha que pensará por nós, decidirá sobre o que devemos fazer e como devemos fazer ,sobre o que devemos pensar e como pensar, o que está certo e o que está  errado, Pensará...se já não estiver pensando por muitos...

A inteligência artificial, ou qualquer sistema mais sofisticado, decidirá sobre nós, ,a espécie humana ou a  Civilização, ,sobre a ética e a moral, enquanto a espécie humana nós, eu e você, estaremos indo a perder nossa capacidade de pensar, transformados em  servidores, ou escravos da tecnologia, meras peças do sistema global.

No livro que estou preparando, mas que é cedo ainda de adiantar, seja o nome seja o conteúdo, dedico a primeira parte à exposição sobre o que é pensar, pensar com um mínimo de método científico, ou da verdade, pensar como forma de cultivarmos esta nossa capacidade essencial de sermos seres humanos...

Pensar...privilégio que nos distingue de qualquer outra criatura, e estaremos sob o dilema de sermos seres humanos ,ou  sermos simples peça dos sistemas globais, da mídia, do que disseram, ou do que estão postando, ou do que  nos há de responder ou determinar a inteligência artificial, ou qualquer outro mecanismo tecnológico, que ainda esteja por vir.

Decidir sobre tal dilema é o desafio de nossa geração, ameaça que terá repercussões, não só sobre nossos filhos, ou nossos netos, mas há de definir como será o futuro da humanidade...se sobreviver, quero dizer , se  continuaremos sendo uma Civilização, sobrevivendo como espécie humana na plenitude, e não como peça  robotizada dos sistemas e pelos sistemas.

Ou ainda mais grave, meus queridos amigos, minhas queridas, escravos dos sistemas que superaram o dado, o conhecimento, a sabedoria, ocupando o nosso lugar de seres humanos, feitos desde o Criador para pensar, para entender, para exercer o conhecimento, a sabedoria.

Não. Não estou delirando. Já é grande a quantidade de pessoas, que desaprenderam de pensar, ou que estão desaprendendo, seres que se deixaram de pensar, ou trocaram o conhecimento pelo que lhe for dito pela tecnologia, que prevalecerá, ou nos substituirá na nossa maturidade, ou  mais ainda, nas próximas gerações.... 

Sei que alguns dirão, que o que vier a acontecer nas próximas gerações será problema delas, dessas gerações....e há até os que já verbalizaram esta idiotice suprema.

É preciso perceber, queridos amigos minhas queridas amigas, que podemos estar caminhando perigosamente por este rumo ,e é para alertar sobre esta ameaça, aos que tendo em breve o livro  nas mãos, poderão ler e não gostar de que eu tenha   dedicado a primeira parte das três partes em que divido o livro esperado,, porque pensar dói, ensina o poeta português Fernando Pessoa, e dirão. Por que  pensar, se temos conosco a  maquininha que pode pensar...por nós...

E dirão mais :o que tem a ver o conhecimento, o método de conhecer, com o conteúdo sobre a  Sociedade ou a Civilização em que estamos vivendo, ou que nos está sendo imposta e que, cegamente(quero dizer sem necessidade de pensar), estamos  seguindo, desde  os costumes, os modos e as modas, até a ideologia, o crer ou não crer, a fé ou o materialismo, a esquerda ou a direita, fulano ou fulana, este ícone da moda, aquele da direita, este da esquerda, o outro o da mídia ou mestre da  pedagogia, da educação, da moral, da meia moral ou de moral nenhuma...porque aprender eu a pensar se  a máquina pensa por mim??

É isto, meu  querido amigo, minha querida ,que me levou a introduzir a primeira parte do livro com um convite para que o livro desenvolva sua capacidade de pensar, sobre o significado de pensar, sobre como pensar, para que o meu leitor, espero que você, não seja ou não venha   a ser, apenas a peça do sistema global, que por todos pensa...e pensa por nós apenas  peça desse sofisticado  Robô...

Ai de nós, que trocamos a sabedoria pelo conhecimento, trocamos o conhecimento pela informação, e estamos ameaçados de trocar a informação pelo dado extraído do computador, do celular, da última máquina da  tecnologia anunciada pelo  marketing, que tudo faz, que a tudo responde...a inteligência artificial...que fará a nova Civilização a Civilização do futuro....não mais a civilização humana, mas a civilização robotizada, se o robô global necessitar ainda de nós, para servi-lo.

Não, meu amigo, não minha querida amiga, para que a Civilização que virá ,seja uma  Civilização humana, Participativa e Solidaria a quem a máquina, o computador, a inteligência  artificial existam apenas para nos servir, servir a Civilização, servir ao homem que a criou, a  espécie humana continue na plenitude, da vida servindo apenas a si mesmo, somente  à Civilização inclusive  a seu Deus  que a criou, e não aos sistemas globais, que poderão vir para pensar em seu lugar e para transformar-se em seu  deus.

 Meu abraço a você, querido amigo, minha querida amiga.

Osvaldo Della Giustina

Da crise venezuelana para a Democracia

 Caros amigos, queridas amigas

O Governo brasileiro  farte de  suas proclamações  democráticas ,não devia ter  dúvidas em reconhecer as irregularidades de toda forma que estão acontecendo sob a ditadura na Venezuela sob Maduro, denuncia que não deve ser vista apenas como uma trapaça com cara Democrática .mas realizada, desde o início com o impedimento sumário da  proibição das candidatas da oposição, até as dificuldades para grande parte dos eleitores chegar às urnas, no dia da eleição no próprio país  como  no exterior e tantas outras denuncias de observadores independentes ou dos  fiscais da oposição .

Quero me referir com gravidade igual ou talvez muito pior à crise política, econômica e social  a que o Ditador levou à  Venezuela, historicamente uma democracia modelar ,uma economia   pujante   e uma invejável qualidade de vida.
Isto tudo foi destruído e a maior prova, não está na queda  de mais de  50% do produto interno bruto, ou na inflação  alcança  percentuais  de vário centenas,

A prova maior da destruição do País  está nos  8 milhões de venezianos que fugiram  de sua pátria levando suas famílias ou  abandonando-as dolorosamente delas ,  na esperança de obter recursos para garantir-lhe  o mínimo de recursos para  sobrevivência, fugindo da fome, do desespero, da insegurança  pessoal e política mais de 30% da população. Não, ninguém deixa  sua pátria ,seu país ,seus bens, enquanto possa possuir  esperança de alguma oportunidade de razoável sobrevivência junto a tudo o que é seu. 

Para que possam Imaginar o que esse número de fugitivos do regime  Maduro ,viesse a acontecer no Brasil, isto significaria, proporcionalmente a  fuga de algo mais de 50% milhões de Brasileiros.

O que revolta, ou deve revoltar quem quer que tenha  solidariedade humana ,é que se faz um  simulacro de eleições, cujos  resultados já foram anunciado antes mesmo da eleição ,inclusive ameaçando a  sociedade com um banho de  sangue, como afirmou o ditador o que aliás ,ainda é capaz de o fazer, se as circunstâncias  o permitirem. 

Aliás, importante é ainda constatar que para tudo, ali a  mentira é sempre]possível 

Assim a acusação de que a fome e a miséria  em foi responsabilidade dos países que impuseram sanções econômicas ao país, ele simplesmente mente, pois acontece exatamente o contraio. A  Ditadura   foi a  causa da miséria, também atraindo as sanções. Mas tudo é válido para enganar com astutas justificativas os que passam fome ou vivem na miséria também  por falta de recursos internos, num país que, democrático era um dos maiores exportadores de petróleo, entre  outras riquezas. Tudo, ou quase tudo foi perdido pela  Ditadura  que  não aceita a vontade do povo, ou o engana com sua retórica tonitruante, ou ameaça com sua forças armadas, feitas guarda pretoriana

Sim, tudo é possível mas tem  frequentemente o fim das ditaduras foram alcançadas através de  processos  pacíficos. e   dentre eles cito vários exemplos.

Cito  a transferência  na Espanha, passando dos  40 anos da  ditadura de Franco, para um  novo regime  monárquico parlamentarista e democrático, sem ter sido derramada uma  gota de sangue.

Cito Portugal, acabando com a ditadura de Salazar com  quase igual duração, cuja resistência popular deu origem à revolução dos cravos, assim chamada porque  a violência dos fuzis foi substituída  pela oferta de cravos oferecidos aos fuzis da ditadura que se rendeu sem um tiro.

Cito o caso brasileiro, cuja ditadura militar ocorreu por uma processo de vontade popular e de um consenso militar de devolver ao povo a Democracia, processo conhecido como abertura política, OBTIDA POR UMA SÉRIE DE ELIÇOES,RCONHECIDA  embora vencida na maior parte pela oposição, fato ocorrido também COM A MORTE DO PRESIDENTE ELEITO ANTES DE ASSUMIR A PRESIDÊNCIA E A PASSADO PACÍFICAMENTE  O PODER A SEU  VICE PRESIDENTE

Mas de todos os processos  pacíficos de transição de regimes ditatoriais para  regimes DEMOCRÁTICOS,O MAIS IMPOSSÍVEL APARENTEMENTEFOI O DA União Soviética  Soviética com  o retorno `à democracia, após mais de 70 anos de comunismo ,patrocinado por Michail  Gorbachov, libertando daquele regime a própria  Rússia  e mais de uma dezena de países satélites, sem qualquer violência, excessão de alguns  países satélites  governados por títeres à que não entenderam o fim da ditadura

A transição de Governos, mesmo de regimes ditatoriais para governos  democráticos, podem sim  ser feitas  pacificamente, pela  compreensão, pelo patriotismo e  pela humanidade de um lado e de outro lado.

Creio que está na hora, aliás, que já está passando da  hora, hoje, no terceiro dia desde que aconteceu  a manifestação pacífica do povo venezuelano na urnas, está mais do que na hora ,de o governo Brasileiro, que tanto proclama  a Democracia, em nome do  Brasil que   em outros tempos  teve também no amor de seu povo e para o maior  bem de seu país, a dimensão de fazer pacificamente a transição da ditadura para a Democracia reconhecendo  e proclamando que o povo venezuelano tem o direito de voltar À DEMOCRACIA, e de reconstruir seu país com  a Democracia que lhe foi roubada. 

O que espera o Governo  brasileiro?

Grande abraço.

Tempos de violência ou tempo de amor

“O  ato de violência é inevitável,  quando se instala  o processo, como o fruto acontece ,uma vez plantada a semente em terra fértil e diligentemente cultivada”.

Queridos amigos, minhas queridas

Com esta frase que, aliás já publiquei em outra ocasião em nossa rede social, iniciei a introdução de meu livro, ”Crônica de uma  Geração Interrompida”, publicado lá por  1986,quando o País saía do  regime  militar, uma  ditadura que tem várias formas de se reproduzir com outras faces, quando se instala o processo de prepotência, seja qual a cor da vestimenta que use, frequentemente usando até a cor da democracia.

Ao registrar a novidade da mídia, do atentado contra  o Candidato a Presidência dos Estados Unidos, talvez poucos sabem, que desde  1976,quando foi morto o Presidente  Abraham Lincoln, este  foi o décimo atentado que vitimou ou feriu Presidentes, seus Vices, ou candidatos a Presidente dos Estados Unidos.

Antes de prosseguir, no entanto, sobre a quase tragédia americana, quero comentar a frase com que iniciei nossa reflexão ,onde dizia que o ato de violência é inevitável, quando  se estabelece o processo....

Ora, infelizmente o processo da violência acompanha a Humanidade desde sua origem e parece que não falha, apesar de toda a evolução, ou  de toda civilização humana que  efetivamente evoluiu. Vejam.

Segundo o livro sagrado da Bíblia, o primeiro fruto da árvore do pecado de Adão e Eva, não foi nenhum ato de amor, de furto ou de abuso do sexo. Foi a violência: O assassinato de Abel, por seu irmão Caim.

 Desde então, meus  queridos  amigos, minhas queridas, a  violência de pessoas contra pessoas, grupos contra  grupos, ou Nações contra Nações, continua acontecendo, e  assim é feita  a história da humanidade, a história da violência. 

Voltando ao caso  americano, infelizmente não há como  esquecer, ou não há como desconhecer que a história,-e em consequência a cultura americana, é uma história e uma cultura essencialmente violenta.

Assim é que as  colônias inglesas que proclamara sua independência e se uniram ,transformadas  assim nos Estados Unidos, eram apenas 13 (TREZE).Hoje são 50,e aqueles 13 Estados em torno de  Nova York, hoje se estendem de costa a costa, um dos maiores  territórios políticos do Planeta.

Não admira a forma como se deu esta expansão, quando  se percebe pelo próprio nome da metade do país, sua origem, de  leste a  oeste: Flórida, Texas, Novo México, San Diego, Califórnia., Los  Angeles, Sn Francisco, para citar alguns, áreas em geral  fruto das guerras americanas, territórios conquistados, como foram aliás, os  principais  estados do Centro do atual território .Só que esta conquista, observem bem, não foi dos espanhóis ou dos mexicanos. Na verdade foram conquistados, com o extermínio dos povos  indígenas, que o bom faro americano de ligar  as armas com os negócios, adiante  soube transformar  em espetáculo, nos heroicos filmes  de Far West.

Por  falar em aliança das armas com  os negócios, não há também como não registrar o negócio da compra de territórios, que  ajudou a  expansão territorial ,o mais representativo, talvez, o da compra do território do Alaska, sem dúvida venda hoje para desespero da Rússia, de Putin .

Aliás, a Rússia de Putin. ...não há como  passar por alto, nessas reflexões, a violência  da História e da cultura da Rússia, que hoje  mantém uma guerra, onde já  perdeu, segundo os observadores internacionais, algo superior a  300 mil  soldados, jovens  na flor da idade arrancados de suas famílias ou de seus lares, e isto sem contar, as centenas  de milhares de ucranianos, mortos, ou com seus  haveres e sua vida destruídas, creio que tudo na ambição de reconquistar o império fracassado da União Soviética, que durante  70 anos, à custa de mais  de  30milhões de mortos, pretendeu impor e  manter seu domínio sobre mais de  uma dezena de países, suas riquezas, sua cultura e sua  liberdade, entregues nas mãos  da burocracia do Estado Soviético.

Aliás, pobre povo russo que parece não ter sentido até hoje o valor da democracia, desde seus  antepassados, diretos ou indiretos, desde   Gengis Kan ou  Tamerlão, cujo hóby, segundo  as lendas ou as tradições , era construir pirâmides empilhando cabeças humanas. Lógico que depois tiveram Pedro o Grande, e todas as dinastias dos Tzares, até ,pobre povo, sonhar com as ditaduras desde Lenin o Stálin até Putin, o último dos sanguinário, que  aliás, em selvageria disputa o título com  Nathaniau   que deve à história a justificativa do massacre de quase duas dezenas de milhares de mulheres e crianças, mais em nome da vingança ,do que da  justiça.

São dois exemplos  da humanidade ,os Estados Unidos e a Rússia, e talvez pudesse citar outros, do Ocidente, ou do Oriente, da Europa de nossos antepassados, ou da China e do extremo oriente, ou da África, como disse Castro Alves, animália do Universo, que a devora.

Mas chega. Creio suficiente de horrores  que merecem lembrados, diante dos fatos, que justificam a frase inicial de  nossa reflexão:

“O ato de violência é inevitável, quando se instala o processo...”

O processo da violência...queridos amigos, minhas queridas, que devo também lembrar, não acontece só  entre os povos, porque  ele  existe ou é cultivado entre as pessoas. Aliás talvez só aconteça entre os povos, porque  acontece antes com as pessoas Dizia o General Rubem Ludwig,a quem atribuo grande parte do êxito da redemocratização  do Brasil, na década de  1980,quando escrevi Crônica de Uma Geração  interrompida:”

A Violência não está na arma, seja a faca, seja a arma de fogo. A violência está nas consciência  das pessoas, que não amam, mas que fornece  as armas, que instrumentam as mãos, que disparam  ou assaltam e cometem a violência.

Queridos amigos, minhas queridas. Como iniciei, termino também com a  sequência da frase  do livro  com que iniciei: Crônica de uma  Geração Interrompida: Diz a sequência do livro:

“Deste conjunto de coisas humanas, a violência  encontra formas  de se infiltrar, qual serpente, em toda as parte e sob todas as formas”. e prossegue:

“ há uma só forma de se contrapor à violência, e não há outra por mais que se  imagine  ou se procure: é o Amor.”

Meus queridos, minhas queridas amigas ....em meu abraço, vai meu pedido para uma reflexão em favor das pessoas, nosso pequeno mundo, em favor do Brasil, para que  sobre a violência, sobre os que praticam a violência, prevaleça o Amor.

SANTA CATARINA:UM SISTEMA UNIVERSITÁRIO na construção de um Estado Participativo e Solidário.

Caríssimas amigas, meus caros amigos 

 

Nessa última semana tive duas entrevistas solicitadas por duas instituições do Estado de Santa Catarina que, por coincidência, iniciam as comemorações de seus 60 e 50 anos, respectivamente. Refiro-me a Fundação Universidade do Sul de Santa Catarina-UNISUL e da Associação Catarinense de Fundações Educacionais. ACAFE. Resolvi divulgar este texto em minhas redes sociais, por dois motivos.

O primeiro porque ambas as instituições representaram em sua historia dois casos que podem ser colocados como indutores para muitas instituições de Educação ou  para organização e administração de sistemas de Educação, tão importantes  para esse processo de transformações e, em consequência, para construção de uma nova Civilização adequadas aos avanços da Ciência e da Tecnologia, uma Civilização  Pós  Tecnológica, Participativa  e Solidária objetivo de nossa rede social.

O segundo motivo, que me leva a esta decisão é porque participei pessoalmente  da origem de ambas as instituições, condição que que deu origem às referidas entrevistas.

Por inserir-se esta questão no mundo da educação, antes quero fazer uma breve introdução sobre o descompasso histórico do Brasil em relação  ao início e ao desenvolvimento de suas universidades, ou de seu sistema universitário, pano de fundo onde se situa a realidade universitária do Brasil, face ao que aconteceu no mundo.

Quando se pensa que, embora existissem alguns cursos superiores isolados em São Paulo, no Rio, em Recife e creio que na Bahia, bem como algumas universidades, como as de Curitiba e Belo Horizonte, criadas mas sem funcionarem antes de 1934, me refiro a USP como a primeira Universidade  a funcionar nesse ano no Brasil.

Visitando o Marrocos  descobri que, no mundo, a primeira universidade, foi criada no ano de 640,originariamente como Centro da Cultura Muçulmana em Fez, naquele país, criação que só iria ocorrer na Itália com a Universidade de Bolonha em 1088,na Inglaterra ,a de Oxford em 1096, na França a de Paris em 1170, na Espanha a de Salamanca 1218 e em de Portugal a de Coimbra em 1290 .Passando para a América do Norte, encontramos a Universidade de Harvard criada em  1636, nos  Estados  Unidos. 

Mas, sobretudo pode-se melhor avaliar o tamanho do descompasso brasileiro, uso descompasso porque não gosto de usar a palavra atraso quando se trata de nossas coisas, na América espanhola as primeiras Universidades foram criadas, respectivamente, a de Santo  Domingo, nas Antilhas, em 1538, a de San Marco, no Peru em 1551, na Argentina a de Rosário em 1658.

No Brasil, repito, tivemos a primeira Universidade funcionando , efetivamente como universidade em São Paulo, em 1934,depois da  Revolução Constitucionalista, de 1932.

Pois bem, apesar deste enorme descompasso brasileiro, Santa Catarina só conseguiu criar em 1960 sua primeira Universidade, a partir de algumas faculdades já existentes, a Universidade Federal de Santa Catarina, uma das últimas nas capitais brasileiras e, como se vê, quase trinta anos depois da USP.

No entanto, Santa Catarina é hoje o Estado, por razões óbvias, depois do Distrito Federal, com o maior número de estudantes universitários por mil habitantes, matriculados em suas catorze universidades regionais e diversos centros universitários. O que representa esse desenvolvimento se mede também, nos demais níveis da educação, sendo o analfabetismo no Estado praticamente eliminado, situando-se abaixo de 3%, enquanto no Brasil  ainda se mantém uma média de analfabetismo da ordem de 7% ,média que em algumas  regiões permanece acima de 10%

O mesmo avanço, neste período aconteceu nos outros setores de desenvolvimento do Estado, sendo Santa Catarina com suas universidades regionais, regionalmente  desenvolvido, desconcentrado em sua população e em sua economia, permitindo que os catarinense tenham ,em todas as regiões, seu Sistema de Universidades  também regionalmente desconcentrada e portanto participativa, acessível a toda sua população.

Tais características desconcentradas que permitem a participação dos  catarinenses no benefícios do processo de desenvolvimento, torna o Estado altamente  produtivo, sendo que com uma população de apenas 3,7%  da população nacional, considerando seu Produto interno Bruto, ocupe  o 6º lugar entre os  Estados brasileiros ,enquanto ocupa o 3º lugar em Desenvolvimento Humano, no ranking dos 27 Estados da Federação, com 11 de seus municípios considerados de desenvolvimento humano muito alto, 246 de desenvolvimento alto, apenas  38 de desenvolvimento médio e nenhum município de baixo desenvolvimento. Estou me referindo ao Desenvolvimento Humano-IDH.

A que se deveu este salto?

Em Santa Catarina, de seus 300 mil estudantes universitários, cerca de 40 mil estão na  Universidade  federal e  30 mil na Universidade do Estado. Os outros, mais de 200 mil , estão em   seu Sistema de Instituições universitárias criadas como Instituições Comunitárias, em sua maioria com  a personalidade jurídica de Fundações. Refiro-me a mais de uma dezena de Universidades e Centros Universitários regionais associadas à ACAFE, que comemora neste ano seus 50, enquanto a UNISUL ,uma das pioneiras do Sistema, celebra seus  60 anos.

As Fundações, me refiro à maioria e, neste texto, especificamente, à UNISUL, criada em 1964, como fundação de direito privado através de lei municipal, instituição, portanto, como é essa maioria, de direito privado. 

É preciso entender que direito privado, não significa que a fundação possa ser entendida como instituição particular, porque ela não pertence a ninguém, nem mesmo a quem a criou, pois o conceito de fundação, como também a legislação referente, definem a fundação como um patrimônio com personalidade Jurídica própria. 

Também pela mesma razão, ainda que uma fundação tenha sido criada por lei municipal, ou por qualquer outro nível de órgão público, ela deve e não pode ser considerada estatal, por que ela continua sendo um patrimônio com personalidade jurídica própria e não pertence, portanto, a seu instituidor.

A seus instituidores cabe somente definir o estatuto e constituir seu Conselho Curador que, no entanto, deve respeitar a autonomia da instituição, autonomia em relação a seu instituidor, a seu mantenedor, a seus mantenedores, ou a quem quer que seja.

Faço esta digressão sobre o Direito, sobre a natureza das Universidades e, especificamente ,sobre as fundações, caros amigos, queridíssimas amigas, porque existe uma confusão no Brasil, tanto em certa legislação como em sua interpretação, entre os administradores públicos e, infelizmente, também na sociedade  ,quando se reconhecem apenas instituições de direito público ou de direito privado.

O recente reconhecimento da existência de instituições de um terceiro setor, ou de caráter comunitário sem, no entanto, conceder-lhe a condição de uma nova espécie de personalidade jurídica, acaba sempre subordinando essas instituições, conforme as circunstâncias, à personalidade jurídica de direito público ou de direito privado e a suas decorrentes burocracias, quando públicas, ou desconfiança do poder público, quando enquadradas como particulares.

As instituições que compõem o Sistema de Universidades Catarinenses tiveram, o tempo todo,  sérios problemas para  serem reconhecidas como instituições dessa espécie de direito  próprio, o que lhes causou  frequentemente significativos problemas, não resolvidos com sua federalização  como  aconteceu com a Universidade da Região de Chapecó,  ou terceirizando por tempo determinado seus  serviços  de ensino, como aconteceu com a própria UNISUL ,na Região de Tubarão. 

É por esses equívocos , que as Fundações quando são definidas como de natureza privada pela legislação, passam frequentemente a ser enquadradas como  particulares ou, apesar desta mesma definição legal, as Fundações criadas pelo poder público  passam a ser  enquadradas como instituições públicas. 

No caso do Sistema Catarinense de universidades em razão desses  mesmos equívocos ,e de outros, como a dificuldade do reconhecimento de sua viabilidade como instituições nascidas no interior do  Estado  sem garantia de acesso  aos recursos públicos, e, em decorrência, sem poder oferecer seus serviços gratuitamente.

Permito-me ,no entanto considerar que as Universidades, criadas gratuitamente pelo poder público, especialmente as federais, ou as que são enquadradas como instituições públicas, não percebem que o privilégio da gratuidade é sempre obtida  à custa da entrega de sua autonomia, ainda que a  autonomia seja uma definição constitucional  que  próprio texto da  Constituição define como “ autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial”. 

Foi neste contexto que as  Instituições de Educação criadas pelas comunidades municipais de Santa Catarina, mal completados  10 anos de criação das instituições pioneiras, como FURB, de Blumenau e a FESSC, futura UNISUL, de Tubarão, cujo objetivo era a construção das futuras  universidades regionais, se organizaram  criando a Associação Catarinense das Fundações  Educacionais, ACAFE.

A ACAFE tinha, e tem, entre outros o objetivo de prestar apoio a união e a cooperação das instituições desconcentradas e autônomas, porém unidas  formando o Sistema  referido de Universidades , regionalizado, conforme veio a ser o Estado de Santa Catariana, desconcentrado em suas Regiões, mas  integrado através de seus diversos sistemas de afirmação e articulação inter-regional, o que constitui evidente Sistema harmônico  entre  a organização de um Sistema  Universitário e o Estado em que está inserido, desconcentrado e participativo, ou PARTICIPATIVO E SOLIDÁRIO.

Creio, caríssimos amigos, minhas queridas amigas, especialmente neste dia, caríssimos alunos, professores e administradores desse esplêndido Sistema que, apesar do caminho andado, ainda há muito caminho a percorrer, na busca permanente de acompanhar as transformações que caracterizam o tempo presente e mais hão de CARACTERIZAR os tempos futuros.

Tendo participado, de certa forma, de toda sua construção no passado, sei que a construção do futuro não será fácil. Direi que entre as dificuldades  que serão, ou continuarão a ser  encontradas ,a primeira continuará sendo a inexistência  de se entender e construir a referida terceira  forma jurídica ,A PERSONALIDADE JURÍDICA SOCIAL, que deverá identificar um novo terceiro setor, autônomo das formas  jurídicas pública e privada ou particular. Só quando se  criar o ser jurídico  social, se poderá ter um  Sistema Jurídico perfeitamente autônomo.

Continuará constituindo um obstáculo a superar a falta de conhecimento ou  talvez a oposição à existência de um sistema específico e diferenciado, da forma como  se constitui ou é imposto ao Brasil, pela legislação ou pela burocracia, a organização  e a gestão da Educação Superior, e devo me referir sobretudo à contínua interferência da Administração Federal, caracterizada por sua concentração e consequentemente seu pouco  conhecimento, ou seu desprezo ao  princípio e à norma  constitucional da autonomia da Universidade, o que  pressupõem também  da organização  de seus sistemas.

Na verdade, retorno  ao Sistema de Educação Superior, ou de Universidades de Santa Catarina e, nele ,de modo especial à UNISUL e seus  60 anos, como à ACAFE, e seus 50 anos, para dizer que espero o dia em que  um passo a mais neste caminho da “ autonomia didático- científica, de administração e de gestão financeira e patrimonial,” princípio constitucional estará, só estará pleno nas Universidades e em seu Sistema no dia em que a ACAFE se constituir, ou se transformar, no CONSELHO UNIVERSITÁRIO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR DE Santa Catarina, reconhecida sua autonomia e a autonomia de suas universidades, para que  elas continuem profundamente integradas entre si, e participativas, cada uma em seu lugar, no Estado e em sua  Região a se constituindo  num instrumento de promoção ,das Pessoas e do Estado, como tem sido neste meio século ou pouco mais, de sua história.