“Os cientistas, os empresários e os Chefes de Estado sabiam o que estava acontecendo, sabiam as consequências do que estava acontecendo, mas nada fizeram para que tudo efetivamente viesse a acontecer.”
O que efetivamente aconteceu COM O Planeta Terra, descrevem a Professora Noemi Oreskes, da Universidade de Harward e o Engenheiro Erick Konwey, da Agencia Espacial Americana, a Nasa, em seu livro A Derrocada da Civilização Ocidental, com que introduzo a segunda parte do livro Por uma Civilização Participativa e Solidária A PROPOSTA, cuja primeira parte foi objetode nosso vídeo anterior.
Hoje dou uma ideia da segunda parte. Nessa parte o livro analisa as evidências da insustentabilidade da atual organização social, a partir de dois parâmetros- a insustentabilidade ambiental e a insustentabilidade econômica, ou num sentido mais amplo, a insustentabilidade da civilização atual, civilização em que estamos vivendo.
Em relação à insustentabilidade ambiental posta como ameaça sobre a civilização, o livro a ustifica afirmando que, concretizadas as ameaças que pesam sobre o Planeta, “ destruído o Planeta, casa dos Homens, nada sobrevive,”
Nesta linha, voltando ao livro daqueles cientistas, a Derrocada da Civilização Ocidental, os dois cientistas pesquisadores, travestidos de historiadores do século 24,a partir das projeções que fizeram das pesquisas sobre o atual estado do Planeta e de relatórios científicos disponíveis de instituições e congressos do mais alto nível, projetaram o terá acontecido no Planeta até o final deste século XXI, isto é o período de 2000 até 2 100, por não terem sido adotadas em tempo as medidas necessárias para diminuir drasticamente a emissão dos gazes de efeito estufa responsáveis pelas mudanças climáticas e suas consequências.
Como consequência da omissão de países e de autoridades responsáveis, o crescimento da emissão dos gazes de efeito estufa, informam os historiadores do futuro, cresceram exponencialmente as mudanças climáticas, o aquecimento global, chegou e pode ter ultrapassado os 5 graus centígrados, sendo inevitável o degelo das calotas polares, especialmente a austral, e fazendo elevar em vários metros o nível dos oceanos.
Simultaneamente ,o aquecimento nesses níveis fizeram desaparecer milhares de fontes que abasteciam as águas continentais, o que junto com as prolongadas estiagens produziu a desertificação de grandes áreas hoje produtivas.
Aqueles cientistas , historiadores do futuro, mostram como Nova York ficou reduzido ao que é hoje a Brodway, os países baixos como a Bélgica e a Holanda despareceram do mapa, como desapareceram também o Sri Lanka, grande parte do sudeste asiático e das Ilhas do Pacífico, o mesmo acontecendo na América com outras áreas como a Patagônia ou parte das grandes bacias de rios como o Mississipi e o Amazonas. Cidades litorâneas, como o Rio de Janeiro, desapareceram do mapa.
Este conjunto de fatores acabaram determinando migrações obrigatórias de cerca de 1/3 da população mundial, em torno de 3 bilhões de pessoas, de uma população da ordem de 10 bilhões, a que teria chegado a população global em meados do presente século.
O que isto significaria em termos de conflitos de toda ordem pela re- ocupação da superfície reduzida do Planeta, da fome e de epidemias que afetariam bilhões desses migrantes forçados, o que teria acontecido com o Planeta por não terem sido adotadas em tempo as medidas necessária para que isto não acontecesse, seria algo inimaginável
No entanto, o que torna mais grave ainda essa ameaça é que o mais trágico dessa ameaça com a velocidade com que o efeito estufa, as mudanças climáticas, a elevação dos mares e outros fenômenos estão se agravando, isto poderá acontecer no tampo das duas ou três gerações, portanto, na geração de nossos filhos ou de nossos netos, se medidas urgentes e de grande impacto, não forem adotadas.
Sobre essa ameaça que paira sobre nosso Planeta, alertou o Secretário Geral da ONU Antônio Guterres na Conferência de Cúpula do Clima realizado em Madrid ainda na semana passada, ao denunciar a pouca vontade política dos Estados, especialmente dos maiores poluidores do Planeta, como a China e os Estados Unidos, em adotar as medidas necessárias para mudar os hábitos de produção e consumo, ameaçados que estamos de regredir à situação a que ocorreu com o Planeta há 80 milhões de anos atrás quando foi devastada a vida do Planeta e a era dos dos dinossauros em termos de mudanças climáticas provocadas pela natureza..
Meus queridos, minhas queridas. Esta ameaça existe, é real, mas não há de acontecer, pois pessoas e instituições existem sim, irresponsavelmente suicidas, governantes, empresas, um mundo de interesses que se beneficiam na situação atual, mas este não há de ser o destino da espécie humana, cuja história de continua evolução há de prevalecer. Mas para que esta evolução prevaleça, é preciso que todos contribuam, cada um no nível de seu espaço ou de sua responsabilidade.
(MÚSICA………………………………………………………………………………………………………………………….Mostra o livro e abre na segunda parte, Evidencias da insustentabilidade e passa mostrando os dois capítulos mostrando os dois capítulos;2-AS AMEAÇAS SOBRE O PLANETA e 3 –AS AMEAÇAS SOBRE A CIVILIZAÇÃO
A essa altura, queridos amigos, minhas queridas, retorno ao início desse vídeo onde afirmei que nesta segunda parte do livro Por uma Civilização Participativa e Solidária :A PROPOSTA, além de analisar a insustentabilidade do Planeta por causa da omissão dos responsáveis por sua preservação, a mesma ameaça recai também sobre a economia que pode estar caminhando para uma ruptura global que poderá abranger a própria Civilização.
O livro demonstra como, se não forem transformadas a atual organização econômica e sua forma de funcionamento, o consumismo ,a competição a qualquer preço, a concentração da riqueza e a exclusão, a busca sem limites do lucro que não respeita a o mínimo de equidade entre os homens e, como vimos, a natureza e sua fragilidade, constituem evidências que o atual modelo econômico, ou num sentido mais amplo, a Civilização, que ainda persiste em ser mantido apesar dos avanços da Ciência e da Tecnologia, não tem qualquer sustentabilidade.
A evidencia da insustentabilidade desse modelo, explica os desequilíbrios mundiais, que se agravam continuamente, e demonstra a urgência de que se modifiquem os fundamentos e as normas de organização e funcionamento da sociedade, herdados do passado, tornados insustentáveis face a preservação da dignidade e dos diretos universais do homem diante da dimensão e da velocidade em crescimento exponencial dos referidos avanços da Ciência e da Tecnologia
Após demonstrar o equívoco dos que pensam que as atuais desigualdades crescentes num primeiro momento, reverterão em favor dos excluídos a médio e longo prazo, o livro pergunta, repetindo questionamento que fiz a executivos financeiros de um grupo de universidades brasileiras:
“ Ou você acha que é sustentável uma economia que cresce globalmente em torno de 3% ao ano, enquanto o resultado desse crescimento se concentra nas mãos de uma minoria cada vez menor a mais que o dobro, quaro dizer, a mais de 6% ao ano, ampliando perigosamente nessa progressão geométrica, ou exponencial, o abismo que separa os beneficiários do processo dos que dele são excluídos?
Após comprovar o equívoco da teoria de que , com o tempo, os benefícios do crescimento revertem para os excluídos, afirma :
“isto seria verdadeiro se esse processo fosse estático, ao invés de ser um processo dinâmico. Como o processo é dinâmico, quando as parcelas excluídas chegarem a acessar os benefícios concentrados nas mãos dos detentores da tecnologia, ou da riqueza que ela produz, esses já terão alcançados novos patamares de benefícios, o abismo terá crescido e continuará crescendo chegando ao ponto do desequilíbrio que leva a ruptura, se não for revertido a tempo”.
Depois de mostrar como esse desequilíbrio vem crescendo, o livro traz um exemplo evidente para comprovar a tese. Referindo-se aos números de crescimento da renda nos Estado Unidos, que era, no ano 2.000, de 25 mil dólares por pessoa, enquanto na Tansânia era apenas 70 dólares mostra o que ocorreu desde então:
“Hoje, a renda per capita nos estados Unidos ultrapassa os 44 mil dólares enquanto na Tanzânia, a renda também tem crescido nos últimos anos, mas ainda não chega a 3 mil dólares”
Dessa forma, prossegue, embora a renda na Tanzânia tenha mais que decuplicado, crescido mais que 10 vezes nesse período ,enquanto nos Estado Unidos apenas se tenha duplicado, conclui mesmo assim,
“…enquanto em valores reais a diferença no ano 2.000 era de U$ 24.930,00 hoje a diferença ultrapassa os U$ 42.000,00.A questão é que na vida real as pessoas não vivem de percentuais”.
Só um comentário: se a diferença de U$ 24.930,00 no ano 2.000 já constituiu um abismo verdadeiramente desumano, imagine-se o tamanho do abismo 19 anos depois, quando esta diferença chega quase ao dobro, ou seja, chega a U$ 42.000,00.
Cita em seguida a denúncia da Instituição inglesa OXFAM, segundo a qual
em 2015 1% da população possui 50% da riqueza mundial, restando, portanto outros 50% para 99%da mesma população ….enquanto em 2014 possuía apenas 48%.e restava portanto 52% para o restante
O livro Por uma Civilização Participativa e Solidária acrescenta:
“Parece um crescimento pequeno de desigualdade. Mas se considerarmos que este crescimento aconteceu em 2 anos, veja-se o tamanho e a velocidade com que a desigualdade vem crescendo. “ E seguem os comentários:
“Na razão direta da concentração da riqueza, o número dos que vivem nessa condição de pobreza (refere-se aos que vivem abaixo de U$ 2,00por dia segundo o relatório da ONU de 1980) chega a 2 bilhões de pessoas.
Se o processo de concentração x exclusão não for revertido aos 2 bilhões de excluídos de hoje, nos próximos 50 anos irão somar-se mais 4 bilhões de seres humanos que se acrescentarão a população atual dos excluídos, porque irão nascer na África, na Ásia, na América latina, não nos estado Unidos ou na loira Europas do Norte.
Em seguida cita meu livro de 2017 A NOVA UNIVERSIDADE num Mundo em Transfomação :
É por causa de uma economia assim que, repetindo as palavras do Papa Francisco em sua Mensagem ao evento The Economy of Fracesco,a realizar-se me Março próximo em Assis, o livro se refere a :
“…por em prática uma economia diferente, que faça viver e não matar, que inclua e não exclua, que humanize e não desumanize, que cuide da natureza e não a destrua”.
E prossegue, citando ainda o mesmo Papa Francisco:“….um evento… que nos leve a estabelecer uma pacto para mudar a economia atual, e atribuir uma alma à economia de amanhã”.
Meus queridos, minha queridas Muitos dados, muitas estatísticas poderia continuar expondo ou comentando. Mas você pode encontra-los também nessa segunda parte de meu livro Por uma Civilização participativa e Solidária: A PROPOSTA, hoje analisada. Dados e estatísticas que mostram a insustentabilidade da economia que ainda é imposta ao mundo. Mais grave ainda que demonstram que a insustentabilidade alcança espaços muito além da economia e envolvem todos os setores da vida social, o que significa, demonstram a insustentabilidade da Civilização como está organizada e como funciona hoje e a consequente urgência de criar uma nova Civilização.
Também não vou retornar, depois de todas as denúncias havidas e pouco ouvidas na Conferencia mundial do clima, a COP …que acaba de ser realizada em Madrid, não vou retornar ao apelo que clama o Papa Francisco por uma economia, que transmita a vida em vez da morte, que respeite e não destrua a natureza.
Mas quero concluir com as palavras dele mesmo, do Papa Francisco ,que nos alertam para a necessidade de “atribuir uma Alma à economia de amanhã”.
Essa Alma a que se refere o Papa, no entanto, além da Economia, precisa abranger toda a nova Civilização. Mas essa esta Alma da Civilização é que os convido a refletir comigo na Terceira Parte de nosso livro Por uma Civilização Participativa e Solidária, que veremos no próximo vídeo, creio que como uma verdadeira Mensagem de Natal.
GRANDE ABRAÇO