QUERIDOS AMIGOS, MINHAS QUERIDAS
Está na ordem do dia falar sobre a inteligência artificial, preocupar-se, ou simplesmente matar a curiosidade sobre o que ela é, como funciona, para onde nos pode levar. Anteriormente tenho também abordado o assunto em seus aspectos operacionais, em dois vídeos de nossa rede social,aos quais você pode acessar. ….. nos seguintes endereços……….Muito se tem falado sobre seus limites, sobre os limites que inteligência artificial pode vir a impor sobre o ser humano, sobre as perdas que pode trazer ao mercado de trabalho, ou sobre outras transformação de ordem cultural.
No entanto esta questão tem também profunda dimensão filosófica e teológica, pela natureza essencial da espécie humana, que une em si ,indissoluvelmente, as dimensões espirituais e materiais.
Apesar de todas as previsões negativas, às vezes apocalípticas, penso que de alguma forma o ser humano saberá absorvê-las, conviver com elas, como no passado tem se adaptado e convivido com outras inovações. No entanto, como a inteligência artificial é uma inovação que ultrapassa qualquer inovação havida, que sempre limitou-se a aspectos materiais ou biológicos, a Inteligência artificial está penetrando onde sempre se considerou monopólio do ser humano: a capacidade de coexistir e atuar simultaneamente no mundo espiritual e material, ou, para os que preferirem, estou me referindo ao mundo psicológico, biológico e material
Lógico, quando falo em material e espiritual, estou refletindo além do mundo que a ciência identifica como ciência de primeiro e de segundo grau de abstração, penetrando no que era privilégio do espírito, ultrapassando, portanto, o espaço e o tempo.
Argumenta-se às vezes, que a inteligência artificial sempre há de necessitar da inteligência humana. Mas já não se aplica no caso em que as condições biológicas, quero dizer do cérebro já não correspondam às exigências da presença essencial do espírito a ele vinculado.
A questão assume condições únicas, se a inteligência artificial vier a ultrapassar a vantagem do espírito, o que chamao de inteligência humana, não por espiritualizar-se mais que o espírito, mas porque o cérebro humano começar a transferir funções que são suas, para a inteligência artificial-e portanto deixando de exercitar o cérebro, que é o instrumento material, ou biológico, que lhe permite existir nesta junção essencial com o espírito e funcionar nele e por ele .Se o cérebro não for exercitado, irá se deteriorando, e isto é um princípio universal, desde que Darwin-Lamarck o comprovou como princípio básico de toda evolução
De outro lado, decorre deste princípio que todo órgão que não é utilizado se atrofia e qualquer principiante das ciências biológicas sabe disto. É preciso deduzir que o cérebro humano sendo um órgão, em função da mesma lei cresce ou se deteriora conforme é ou não utilizado. Cresce e se deteriora não apenas, ou necessariamente no tamanho e no peso, mas nos milhões de neurônios que nele se distribuem segundo suas funções.
Se esses componentes cerebrais,viabilizam o cumprimento dessas funções, eles devem ser permanentemente exercitados e, sendo permanentemente exercitados eles estarão sempre à frente do desenvolvimento da inteligência artificial, por mais que a inteligência artificial cresça nas funções que ela vier a exercer.
Isto quer dizer que a inteligência artificial não veio para roubar nossas funções, ou nosso mercado de trabalho, ou diminuir nossas dimensões humanas. Mas, ao contrário, vem para ampliar o mercado e nos obrigar à melhoria qualitativa de nosso conhecimento e de nossos exercícios cerebrais, de modo que estejamos, como consequência, sempre à frente da inteligência artificial, ou seja, cresçamos em nossa dimensão humana mais do que possa crescer a própria inteligência artificial .É sob este aspecto que a inteligência artificial se transforma em mais um instrumento de evolução da espécie humana e não o contrário.
Enfim é necessário registrar, com força, que existem reflexões cientificas, ou atividades práticas, que colaboram para o crescimento qualitativo do cérebro, da consciência e de suas funções, como, de outro lado, existem reflexões ou atividades que produzem resultados exatamente contrários: Inibem o cérebro no exercício de suas funções. Neste caso será inevitável o início de um processo de involução da dimensão humana, com as inevitáveis consequências nas dimensões biológicas, por força das leis de Darwin-Lamarck