Queridos amigos, minhas queridas, 

Donald Trump e sua megalomania isolacionista num mundo em que as redes tornaram irremediável e definitivamente global, encontrou uma cópia de si mesmo no novo primeiro Ministro Inglês Boris Johnson que, reproduzindo a fanfarronice dele de que tornaria  a América grande de novo, afirmou, parafraseando-o em seu discurso de posse, que iria tornar a Inglaterra novamente grande. 

Na ideia dos dois, tornar-se grande quer dizer isolar-se em seu próprio egoísmo sem qualquer responsabilidade ou dever com a  justiça e o direito, a veleidade de impor-se ao mundo como nos tempos coloniais tão caros à Inglaterra e impor-se ao mundo como potência global, desconhecendo  a injustiça e a insustentabilidade das desigualdades extremas, eliminando, portanto nas relações a cooperação e a participação dos que foram excluídos, sejam os emigrantes pobres da América, voltando ao início do Século XX da América para os americanos, sejam os miseráveis da África explorados por séculos pelo grande império da Rainha Vitória ,” onde o Sol não se punha”, no século IXX. 

O retorno ao mundo do século passado, ou dos séculos anteriores,  o significado da megalomania de Trump e agora  de seu parceiro de insanidade, Boris Johnson, é o equívoco que  ameaça a civilização.   

Felizmente creio que posso usar a expressão” apenas ameaça” porque não hão de ter êxito, como não tiveram êxito na história, todos os que sonharam ser grandes à custa de dominar o mundo, desde Alexandre o Macedônio, a Napoleão Bonaparte ou Adolf Hitler,  sem esquecer outros bárbaros como Gengis Khan, Tamerlão ou o faraó Ramsés III. 

A história tem demonstrado que foram inúteis, não passaram de fogos fátuos seus momentâneos triunfos e sua pretenciosa ambição de parar a história e moldar o mundo a seu modo. 

Usando o paradoxo, no entanto, talvez se possa atribuir a esses bárbaros algum mérito  no sentido de que sua insanidade contribuiu para apressar as mudanças a que eles se opunham, mudanças que, tendo vindo pela força de história, ou pelo rumo da civilização destruíram seus deuses de pés de barro. Mas é preciso não esquecer que essa contribuição foi dada a custo de muito sangue, muita dor e muito sofrimento e este sofrimento não teria sido necessário. 

Mais um momento histórico de mudança civilizatória se repete hoje, como consequência inevitável e irreversível dos avanços da ciência e da tecnologia. 

No mundo que se globalizou, tornado pequena aldeia onde todos se comunicam com todos, todos interagem com todos, todos tomam conhecimento de tudo, já não é viável manter o isolamento e impor o próprio poder sobre tudo ,ou sobre todos, como quer a dupla referida, Bóris e Trump em seus delírios de tornar grande de novo, como foram grandes em outros tempos , seja o Reino Unido, que o desastre do Brixit ameaça romper, seja a América dos americanos, dos tempos passados quando  mundo submisso podia ser dominado. 

Por diversas vezes em nossa rede social, analisei o equívoco de Donald Trump, desde as ameaças contidas em suas investidas de candidato a Presidente dos  Estados Unidos, em parte inspiradas pela demagogia e em parte por ameaças de todo tipo, propostas que, infelizmente, tiveram  

 força suficiente para mover o que há de mais negativo no povo americano em termos de fanatismo nacional que os aproxima do nacional socialismo que envenenou o povo alemão no século passado, quando lhe foi vendido o delírio do Império do Reich de 1000 anos e de seu Furer.  

Para lembrar a demagogia ou as ameaças contra um mundo pluralista e harmônico, ou sustentável,de Donald Trump,  convido você, meu amigo, minha querida amiga, a acessar especialmente três vídeos que gravei em nossa rede social (www.participacaoesolidariedade.com.br ou por uma civilização participativa e solidária) entre setembro e novembro de 2016, analisando seus discursos de campanha e as promessas contidas em seu discurso de posse, que, porque o elegeram então, estão sendo repetidos agora, candidato que é a reeleição para continuar na Casa Branca, repetindo por mais 4 anos, essa lamentável visão sobre o mundo, que, retornando ao passado, confronta o sentido da história, ou da evolução humana. 

Trump saudou com entusiasmo a escolha de Boris  Johnson, para primeiro Ministro do Reino Unido- a Inglaterra. 

Boris Johnson, embora ex-prefeito de Londres e ex-ministro de relações exteriores da ex. primeira ministra Tereza Mey, é mais conhecido pela sua violenta oposição à União Europeia, desde há muitos anos  antes da lamentável campanha do Brixit ,o plebiscito sobre a saída da Inglaterra da União Europeia   .   

Quando jornalista, na qualidade de representante na União Europeia, de  jornais de peso  como o The Daily Telegraph , se notabilizou pela superficialidade com que inventava fatos ou procurava criar notícias negativas contra  a Instituição ,demonstrando seu desprezo pela verdade, característica,aliás, que também o aproxima do Presidente  americano. Por esse  jacobinismo sectário, que embrutece a consciência ética nas pessoas, Boris Johnson já fora  demitido anteriormente pelo Jornal The Times London, por colocar na boca de um de seus entrevistados frases por ele inventadas, com que imaginava fortalecer  suas próprias opiniões. 

Em seu discurso de posse como primeiro Ministro,  Boris Johnson afirmou que a 31 de outubro, com Acordo ou sem Acordo, irá retirar a Inglaterra da União Europeia. 

Não analiso o que este ato pode trazer ao Reino Unido, inclusive em relação aos países que o constituem, suas consequências políticas, econômicas e sociais, que este assunto é de caráter interno e interessa sobretudo aos ingleses. Os próximos passos  haverão de responder. 

Mas quero dizer que esse passo na direção de enfraquecimento da União Europeia, se exitoso, será mais um atentado contra o esforço civilizatório no caminho da construção se uma Civilização participativa e solidária, para o quê  a criação, a existência e o fortalecimento da União Europeia, constitui um importante processo que demonstra claramente que um mundo plural, cooperativo, solidário e inclusivo, é possível. 

Mas certamente, Boris Johnson, ainda que consiga seus intentos de desligar a Inglaterra da União Europeia, não há de inviabilizar, ou sequer enfraquece-la  porque, contrariamente a ele, seus seguidores e seus comparsas, que querem retornar ao passado. a União Europeia caminha com a história e sua evolução no rumo de um mundo mais civilizado, mais humano, mais cooperativo, mais justo e sustentável. 

Reflita, caríssimo amigo, minha querida. Assuma, coopere, comente ,compartilhe   

One thought on “De Donald Trump e de Boris Johnson

  1. Yvan

    Bom dia!
    Engraçado artigo que, logo no início, chama Trump e Johnson de megalomaníacos que querem dominar o mundo; porquê não falar então de George Soros que afirma veementemente que vai “derrubar” o conservadorismo, a família, para instaurar no mundo o globalismo de um único governo de esquerda, ou seja,comunista? Se existe megalomania maior que essa, desconheco⚠️
    #TextoParcial

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