Eu não gostaria que em meio a tantas notícias e comentários, que tantas vezes nos tiram o foco de refletir sobre questões essenciais, não gostaria que o recente Acordo entre o Mercosul e a União Europeia passasse, e se transformasse simplesmente em um Acordo comercial, ou que parasse de evoluir simplesmente como um mercado comum de 4 países da América do Sul, com os 28 países que constituem a União Europeia. Não gostaria que ficasse nisto e se perdesse tudo o que ele deveria significar para a construção do novo mundo , que já está acontecendo e que deverá ser a Nova Civilização do mundo pós tecnológico
Os que me acompanham, em meu Site, www partcipacaoesolidariedade.com.br ou nas redes sociais, na Página e em nosso Grupo no facebook, por uma Civilização Participativa e Solidária, ou ainda do Twiter e …. … ..,bem como os que conhecem, ou têm lido meus livros, desde a Idade do Homem, pioneiro, publicado ainda da década de 1980,e os que escrevi sucessivamente, de modo especial a Revolução do Terceiro Milênio, do ano 2.000,Partcipação e Solidariedade, de 2004,publicado também na União Europeia em 2012, e A Nova Universidade num Mundo em Transformação, ainda não publicado no Brasil, mas publicado em 2017 também na União Europeia, enfim, os que acompanham minha rede social e meus livros, dizia, sabem que a proposta por uma nova Sociedade, ou por uma Civilização Participativa e Solidária, constitui uma visão alternativa e sustentável onde as dimensões humanas podem coexistir em plena harmonia com os avanços da Ciência e da Tecnologia, em contraposição à ameaça de uma sociedade desumana, comandada pelo domínio dos poderes absolutos, sejam econômicos, políticos, ou das máquinas esses poderes, que produzem de um lado a concentração de tudo, e de outros a destruição do Planeta e a exclusão crescente e desumana de parcelas cada vez maiores de pessoas ,regiões ou países, dos benefícios do desenvolvimento.
Pois bem, essas são as alternativas, as escolhas que se põem diante dos dois caminhos que podem ser percorridos como decorrência desse Acordo entre o Mercosul e a União Europeia:
– de uma lado, o fortalecimento da economia, em favor da concentração, seja de alguns países, de alguns grupos, de alguns blocos, ou de alguns sistemas globais, tendo como consequência o maior poder de competição, e portanto da concentração à custa da exclusão dos mais fracos,
– ou, de outro lado, o fortalecimento da economia melhor compartilhada, através da participação e da solidariedade maior a ser praticada entre os países, as economias, a participação maior nos benefícios dos avanços da ciência e da tecnologia, enfim do crescimento da cooperação, da melhor distribuição da riqueza e do bem estar, da justiça, da paz e da sustentabilidade da Civilização.
Este, do crescimento da cooperação e da participação, foi o caminho que a União Europeia, aprendeu e construiu, após a lição de duas guerras mundiais, consequência da competição e da busca da acumulação egoísta da riqueza, do bem estar e do poder, conflitos que, em menos de 50 anos, produziram a destruição e a morte de mais de cem milhões de pessoas.
É preciso perceber, meus queridos, que foi preciso passar por essa dolorosa lição, para que os países europeus iniciassem uma nova era de cooperação e de distribuição da riqueza e do bem estar, uma nova era de paz, de justiça e de solidariedade em construção entre os países e suas populações que somam hoje mais de 500 milhões de habitantes.
Apesar do longo caminho andado, no entanto, é preciso dizer que União Europeia, ainda não é uma obra acabada, e nem será jamais uma obra acabada, mas um Sistema em permanente construção na busca dos valores que você, que me acompanha, já terá identificado como componentes da Massa de Consciência, valores e aspirações que crescem no mundo e que irão fundamentar a nova Civilização.
Tenho segurança em dizer que quem não descobrir e não percorrer esse caminho, nações, países ou pessoas, vão ficar à margem do caminho da história.
Retornando ao Acordo firmado entre o Mercosul e a União Europeia, quero dizer, que a construção da União Europeia, também começou com um mercado comum entre apenas 7 países, cresceu para uma dimensão que ultrapassou os interesses econômicos, para alcançar a dimensão política, cultural, ética, enfim de convivência solidária e cooperativa que a caracterizam hoje.
Lógico que existem forças retrógadas que se opõem a esse caminho- os conservadores ingleses, por exemplo, saudosos do imperialismo da rainha Vitória, os nacionalistas espalhados pelos países europeus, que se opõem aos fluxos migratórios , consequência inevitável ,esses fluxos, dos séculos de colonialismo e exploração da mesma Europa sobre toda a África e de grande parte da Ásia e da América , um novo e sutil racismo nazifascista que perdura, lá e que infelizmente também tem suas raízes se espalhando em outras partes do mundo, e basta ter os olhos abertos para ver que essa ameaça existe.
Pois bem, da mesma forma, com um mercado comum começaram 4 países na América do Sul, o Brasil, a Argentina, o Uruguai e o Paraguai, como na Europa tinham começado a França ,a Alemanha, a Itália, Bélgica, a Holanda e Luxemburgo o Mercado Comum Europeu.
Espero que o Acordo do Mercosul com a União Europeia, que está começando como um Acordo Comercial, cresça inicialmente, como cresceu o Mercado Comum europeu, ampliando-se para integrar além de aspectos comerciais, aspectos econômicos, políticos, culturais e de tantos outros aspectos ou valores, que nos fazem um povo comum latino americano, como lá existe um povo europeu.
Que essa ampla integração de países integrados no Mercosul, como aconteceu do Mercado Comum Europeu para a União Europeia, continue se ampliando para outros países da América do Sul, integrando países do Sul da África ou do Sul da Ásia ,um verdadeiro mercado comum do Meridiano Sul ou do Sul do Equador.
São reflexões, meus queridos amigos, minhas queridas, que me fazem convidá-lo (a) a ver na assinatura do Acordo que institui, nesse momento, o mercado Comum Mercosul x União Europeia, um evento que inicia um caminho muito maior do que simplesmente um Acordo comercial entre um Mercosul raquítico, de ideias e de economia, com uma União Europeia que caminhou longos passos na evolução da Civilização,
É preciso que as autoridades, os governo responsáveis por sua gestão e desenvolvimento entendam que esse Acordo não pode significar, como imaginam alguns, apenas um poderoso bloco comercial para competir com outros blocos. A esses devo dizer que se caminharem nesse entendimento, ou nessa visão pequena, estarão contribuindo com os que, cegos, encaminham a Civilização no rumo de alguma forma de ruptura, ou de destruição global que ameaça o Planeta e a Civilização.
Ou se despertarem, esses mesmos gestores entenderão que esse Acordo poderá significar o fortalecimento, além do comercio ,dos valores comuns de nossos povos, da Massa de Consciência que constitui sua identidade e suas aspirações essenciais, um passo corajoso e concreto na construção de uma Civilização Participativa e Solidária
Deixo com você, meu querido amigo, minha querida, o convite para somar-se a essa Massa de Consciência, a dar também, no seu limite e no seu espaço, esse passo corajoso, que pode ser neste momento, simplesmente participando comigo desta reflexão, refletindo, comentando, compartilhando. Tenho certeza, querido amigo, minha querida, que na aceitação desse convite, com esse primeiro passo, você estará contribuindo para construção de um mundo melhor, mais humano, mais participativo, mais solidário .