A TRAGÉDIA DOS REFUGIADOS E,NESTE CONTEXTO, O QUE TEM A VER O BRASIL (II)
Date: setembro 13, 2015Author: Osvaldo Della Giustina
No contexto das reflexões sobre o que está acontecendo no mundo ,de suas tragédias e das emoções, ou dos processos que as acompanham, não me cala a pergunta sobre o que estamos fazendo pelo Brasil, ou sobre o que estão fazendo com o Brasil, parcela do mundo que nos foi dada a nós, ou que foi confiada a nossos cuidados.
O que estamos fazendo com esse Brasil de que, por tantas razões nos orgulhamos por sermos uma das maiores reservas de recursos naturais do planeta, ou de recursos ambientais, por sermos um povo bom , criativo e solidário, por sermos uma economia que, sem muito exigir de nós e nos dando muito, vem se mantendo como a sétima ou oitava economia do mundo?
Tenho afirmado e dito em meus escritos, que por essas razões, e por tantas outras de caráter histórico, cultural, humano, geopolítico, ou quiçá, para os que creem, por desígnio de Deus que rege os destinos dos homens, enfim, cada um segundo suas razões,te4nho afirmado,dizia, que caberia ao Brasil um papel relevante na construção de um mundo novo, de um mundo humanizado, um mundo melhor. Também por nossas nascentes instituições, ainda não consolidadas e portanto mais abertas à inovação, ou às reformas que seus dirigentes tem se demonstrado incapazes de as fazer, mesmo vendo o povo nas ruas demonstrando que as quer.
No entanto, ao invés de corresponder a essa vocação, ou a esse clamor do Brasil, o que vemos se agigantar é a perda dos valores éticos ,substituídos pela corrupção, que dos mais altos escalões da política e da economia, se espalha sobre parcelas da sociedade, como a metástase de um câncer, ferindo de morte o organismo social.
O que vemos é a incompetência e o desprezo pelo bem estar da sociedade transformando os órgãos públicos em imensos balcões de negócios, onde tudo se compra e se vende, em troca da conquista ou da manutenção do poder.
O que vemos é o crescimento da concentração do poder e da riqueza, sob a égide das chamadas políticas públicas, na verdade políticas governamentais ,que privilegiam os grandes conglomerados econômicos , sirvam de exemplo as isenções e os privilégios à indústria automobilística ,também à custa do endividamento da sociedade ,vítima da usura e do ilusório crédito abundante, na verdade em benefício dos sistema financeiros, cujos lucros somados apenas os dos 4 maiores bancos e só no primeiro semestre desse ano, ultrapassou os 17 bilhões de reais, valor equivalente a tudo o que se pretende repor no orçamento federal através do ajuste fiscal , obtido à custa da sociedade, ou do povo, a quem não cabe culpa nenhuma pelo festival de gastos com o dinheiro público, a não ser, talvez por se ter enganado, ou por ter sido enganado ao depositar o seu voto.
E sobre essa dolorosa tragédia , ainda nos é dado ver políticos e líderes empresariais, corruptos e corruptores, alguns presos outros ainda soltos, blindados de seus crimes pelo jogo do poder o pelo poder do dinheiro, sem qualquer sinal de consciência que os reprove de seus crimes contra o Brasil e contra o povo brasileiro, ou sem que reconheçam seus desatinos e sua responsabilidade por ter desviado o Brasil do que seria seu destino ,de contribuir para construção de um mundo melhor, mais humano, mais justo e mais solidário.
No meio deste contexto, que une tragédias, corrupção e incapacidade, ou incompetência sobre o que fazer e como fazer, é que resta apelar às Instituições sociais, a todas as Instituições , dentre elas os meios de comunicação, as Igrejas, os artistas, os intelectuais de todas as crenças, ou de todas as filosofias.
Mas quero apelar especialmente às universidades, por definição Centros do saber e da inovação, à seus milhares de doutores e mestres, seus professores e sua juventude, para que despertem para sua responsabilidade social, que vai além da assistência social ,da pesquisa acadêmica e teórica, para além de sua nota alcançada da burocracia oficial e, sobretudo para além do dentro de si mesmas buscar, debater, aprofundar e propor rumos para a nova civilização da era postecnológica, sintonizada com a massa de consciência e com os avanços da ciência e da tecnologia, para o Brasil e para o mundo, nesses tempos da globalização e da interdependência, para que se construa um Brasil e um mundo sustentáveis, que afinal, assim deveria ser o mundo de nossa geração, mas sobretudo é preciso que seja o mundo que estamos deixando para nossos filhos, como nosso legado às futuras gerações.
Creio que ainda é tempo de saldar essa dívida, essa dívida que assumo de minha parte, mas que quero compartilhar com a universidade e com tantas instituições, sabendo porém ,que em nada resultará se não a compartilhar com as pessoas, porque são elas, as pessoas, que fazem as instituições .Por isto compartilho esta responsabilidade, ou este convite , com você, querido amigo e querida amiga.
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