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                       Na próxima segunda feira dia 2 de  junho, estarei lançando em Florianópolis essa pequena obra ZILDA ARNS-UMA GRANDE HISTÓRIA de AMOR.

Na ocasião a arquiodiocese de Florianópolis estará reunindo o conjunto de Pastorais do Estado de Sta. Catarina, em comemoração das 30anos de introdução desses movimentos na Arquidiocese de Florianópolis. O lançamento do livro durante esse evento homenageia especialmente a Pastoral  da Criança, movimento organizado e dirigido por Zilda Arns, durante 20anos, uma catarinense nascida no Município de Forquilhinha,  que, como se  recorda,  foi uma das 200 mil vítimas do terremoto que  atingiu a cidade de Porto Príncipe, capital do Haiti, um dos mais pobres países da América Latina. Na ocasião Zilda Arns acabara de  pronunciar uma  palestra para mães e futuras coordenadoras da Pastoral da Criança naquele país. O Haiti seria o 20º  país onde esse Programa seria implantado. Ao retirar-se do recinto da Igreja  onde se realizara a palestra, o prédio veio abaixo e Zilda Arns foi soterrada sob uma das vigas de sustentação do templo.

Ela morreu como vivera durante  mais de 25 anos dedicados à implantação e difusão do Programa da Pastoral da Criança, um programa surgido por inspiração da UNICEF, através do hoje Cardeal Arcebispo  Emérito de São Paulo , D. Paulo Evaristo Arns, e assumido  pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB. A CNBB confiou  sua concepção, implantação e difusão à médica, pediatra  e sanitarista Zilda Arns, então residente em Curitiba, onde desenvolvia trabalhos em Programas de Educação Sanitária do Estado do Paraná. O êxito desse trabalho repercutia não só no Brasil, mas a nível internacional tendo atraído observadores nacionais e internacionais para conhecê-lo. Entre esses observadores pode citar-se o Dr. Sabin, o criador da vacina contra a poliomielite.

Assumindo a nova Missão que lhe fora confiada pela CNBB, Zilda Arns iniciou por  desenvolver um método  baseado ,eu diria hoje, na Participação e na Solidariedade  adormecidas nas  próprias comunidades carentes, reunindo especialmente as mães de  família em pequenos grupos, -como fez Jesus Cristo quando multiplicou os pães e os peixes para alimentar a multidão faminta, costumava dizer Zilda Arns. O método consistia em formar pequenos grupos, dizia também Zilda Arns, a serem orientados e treinados através do trabalho voluntário e gratuito de pessoas com liderança na própria comunidade, ou  originadas  de  outros segmentos da população. No entanto, como dizia também, mirando-se no exemplo de Jesus Cristo não bastava organizar e educar a comunidade. Precisava também dar-lhe o alimento que lhe matasse a fome.

Para responder a essa carência básica, causa da desnutrição e de suas consequências que levavam à morte prematura milhares de crianças no Brasil, milhões no mundo, Zilda Arns  difundiu através do programa, a importância de alongar o aleitamento materno, como o alimento mais integral oferecido pela natureza e introduziu outro alimento  acessível mesmo às famílias mais carentes,  a multimistura. Completou a receita com a ministração do soro caseiro, para evitar a desidratação infantil e as doenças dela decorrentes.

A metodologia desenvolvida, baseada na certeza da participação e da solidariedade da própria comunidade organizada, rendeu impressionantes resultados. Hoje, a Pastoral da Criança, vai  muito além de sua dependência  das estruturas da Igreja Católica, embora  valendo-se da extrema capilaridade dessa Igreja através de suas Dioceses e paróquias, tanto no Brasil como no mundo onde atua. Da Pastoral da Criança, participam líderes e voluntários de todas as crenças, acima de qualquer crença, ideologia, ou qualquer outra circunstância, sendo participado, dessa forma ecumênica  por milhares ,ou milhões de  pessoas e de instituições em todo mundo, pessoas e instituições  participativa e solidárias, que constituem a evidência de que a Massa de  Consciência   se espalha no mundo, e constitui um  poderoso instrumento em favor de uma mundo melhor.

Hoje, só no Brasil, a Pastoral da Criança trabalha com mais de 260 mil voluntários, atinge anualmente mais de 800 mil famílias, que representam mais de 2 milhões de crianças assistidas. Calcula-se que nesses 25 anos, mais de 10 milhões de crianças foram salvas da morte prematura, pelo abandono, pela desnutrição e pelas doenças decorrentes. Assim é que nas comunidades assistidas pela Pastoral da criança, os índices de mortalidade infantil situam-se em torno de 9 óbitos por mil crianças nascidas vivas, metade  do mesmo índice tido ainda como média da mortalidade infantil no  Brasil. Como disse, a Pastoral da Criança está presente em 20 países, na América Latina, na Ásia, na África e na Oceania.

Para dar ao programa essa dimensão Zilda Arns esteve  presente em milhares de comunidades assistidas, nos mais distantes lugares do Brasil e do mundo. Mas da mesma forma, frequentou e falou nas Assembleias do Brasil e do Mundo, no Congresso Nacional, no Executivo brasileiro, na Organização das Nações Unidas, nas Conferências  dos Bispos  do Brasil e nas conferências ecumênicas, no  Vaticano, enfim, no mundo.

Dessa forma, ela acreditou e deu vez à Participação e a Solidariedade, valores que as pessoas de boa vontade – a maioria das pessoas do Brasil e do mundo(a massa de consciência), trazem dentro de si, bastando  que  a estruturas, ou os que as comandam, lhes dê oportunidade. Esta oportunidade fará funcionar o mundo e o mundo será um mundo melhor do que esse mundo que imagina poder manter-se pelo egoísmo, pela competição sem limites, pela concentração e pela exclusão. Sim, meus  amigos, o mundo pode funcionar na crença de Zilda Arns, ou na certeza que ela  nos legou, de que a construção de um mundo melhor é possível.

Por toda essa identidade, evidente entre Zilda Arns e o que nos move ,no ano de 2009,quando a Unisul, Universidade do Sul de Sta.Catarina, criou a Cátedra Universitária Participação e Solidariedade, imediatamente pensei em Zilda Arns, como nossa parceira e colaboradora, no aprofundamento e difusão dessa proposta de um mundo Participativo e Solidário.

Em seguida encontrei-me com ela em seu Núcleo da Pastoral da Criança em Brasilia e apesar de sua Agenda cheia de compromissos no Brasil e no mundo, ela aceitou participar do Conselho Superior da Cátedra, e nos dois anos que lhe restavam de vida, por 3 vezes  esteve conosco, dando sua contribuições a esse trabalho universitário, que, hoje, através  das redes sociais ,estamos propondo ao Brasil e, de certa forma, ao mundo.

Nessas ocasiões em que esteve conosco, Zilda Arns, registrava um apelo especialmente dirigido aos egressos das Universidades: Dizia que todos os alunos da Unisul, como todos os alunos de todas as universidades do Brasil e do Mundo, quando viessem a exercer sua profissão, procurassem acolher em seu trabalho os mais pobres, necessitados e excluídos, praticando a solidariedade, na busca de maior igualdade, e de maior justiça, diminuindo tanta concentração de renda e de tudo mais que deveria estar disponível para todos.

Não poderia, pois, no momento em que apresento ao público essa pequena Grande História de Amor, muito menor que seu personagem ou a Missão por ela CUMPRIDA, não poderia DEIXAR DE APRESENTAR ESSE TESTEMUNHO,EM FAVOR DE UMA PESSÓA “COMUM”, OU “INCOMUM, como dou o título à primeira parte do livro, uma mulher incomum que soube praticar o evangelho por a suas obras, como digo na segunda parte: o Evangelho segundo Zilda Arns, e de quem transcrevo alguns de seus pronunciamentos na terceira parte: Zilda Arns Segundo sua palavra, inclusive a última palavra que pronunciou no Haiti, minutos antes de ser levada, para receber o prêmio pelos milhões de copos de soro caseiro e de pratos de multimistura distribuídos a milhões de crianças do mundo inteiro, porque esta foi a promessa de Jesus a quem desse um copo a uma criança. Imagine que recompensa deve ter sido reservada a ela  pelos milhões distribuídos.

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