PREMIO NOBEL DE ECONOMIA AOS POBRES DO TERCEIRO MUNDO!

Em meu livro de poemas, Roteiros para o Centro do Mundo publicado em 1999 pela Academia Catarinense de Letras, título criado pela querida amiga Amaline Mussi.

No livro, publiquei um longo poema com o título, Prêmio Nobel para os pobres do terceiro Mundo. Seria longo demais para transcrevê-lo na íntegra, nesses tempos em que é tão pouco o tempo para pensar o essencial.
Mas enquanto isto caminha no mundo cada um que não sofre, pouco vendo o que sofre, a não ser para penalizar-se, talvez prestar-lhe alguma ação caritativa, que serve também como alívio e satisfação da consciência. Solidariedade. Tudo bem.
Mas há os que passam ao largo, especialmente “os ricos e bem nutridos, os que buscam em primeiro lugar o reino da terra e suas riquezas”, como também público no mesmo livro, em outro poema “Canção do Amor ao Natal”.
Mas lógico, os nobres senhores doadores do Prémio Nobel da Real Academia de Ciências da Suécia, continuam doando, seu prémio Nobel, instituído Pelo Banco da Suécia em memória de “Nobel, amante da paz que nas horas vagas fabricava dinamites e explosivos para os canhões, aos ricos do primeiro mundo. Dos premiados vem todas as equações, as flutuações das bolsas, da economia mundial, enfim o pleno funcionamento da economia desta , e raramente das outras para aqueles que mais concentram para que funcione ,para aqueles que já possuem mais, ou demais, na equação trágica das desigualdades mundiais.
Ninguém se lembra em premiar a “impressionante descoberta dos pobres do terceiro mundo de como continuar vivendo sem renda e sem nada”, como veremos e segue o apelo
Ao invés de roubar-lhe, querido amigo, minha querida, quinze ou vinte minutos para a leitura do poema na íntegra, peço-lhe um ou dois minutos penas para refletir comigo o apelo final feito aos ilustres doadores do Premio Nobel de Economia da Real Academia de Ciências da Suécia PARA CONCEDER,AO MENOS UMA VEZ ,o Prêmio Nobel de Economia aos Pobres do Terceiro Mundo, de meu livro “Roteiros para o Centro do Mundo”.

QUERIDOS AMIGOS, MINHAS QUERIDAS

 Está na ordem do dia falar sobre a inteligência artificial, preocupar-se, ou simplesmente matar a curiosidade sobre o que ela é, como funciona, para onde nos pode levar. Anteriormente tenho também abordado o assunto em seus aspectos operacionais, em dois vídeos de nossa rede  social,aos  quais você pode acessar. ….. nos seguintes endereços……….Muito se tem falado sobre seus limites, sobre os limites que inteligência  artificial pode vir a impor sobre o ser humano, sobre as perdas que pode trazer ao mercado de trabalho, ou sobre  outras transformação de ordem cultural.

No entanto esta questão tem também profunda dimensão filosófica e teológica, pela natureza essencial da espécie humana, que une em si ,indissoluvelmente, as dimensões espirituais e materiais.

Apesar de todas as previsões negativas, às vezes apocalípticas, penso que de alguma forma o ser humano saberá absorvê-las, conviver com elas, como no passado tem se adaptado e convivido com outras inovações. No entanto, como a inteligência artificial é uma inovação que ultrapassa qualquer inovação havida, que sempre limitou-se a aspectos materiais ou biológicos, a Inteligência artificial está penetrando onde sempre se considerou monopólio do ser humano: a capacidade de coexistir e atuar simultaneamente no mundo espiritual e material, ou, para os que preferirem, estou me referindo ao mundo psicológico, biológico e material

Lógico, quando falo em material e espiritual, estou refletindo além do mundo que a ciência identifica como ciência de primeiro e de segundo grau de abstração, penetrando no que era  privilégio do espírito, ultrapassando, portanto, o espaço e o tempo.

Argumenta-se às vezes, que a inteligência artificial sempre há de necessitar da inteligência humana. Mas já não se aplica no caso em que as condições biológicas, quero  dizer do cérebro já não correspondam às exigências da presença essencial do espírito a ele vinculado.

A  questão assume condições únicas, se a inteligência artificial vier a ultrapassar a  vantagem do espírito, o que chamao de inteligência humana, não por espiritualizar-se mais que o espírito, mas porque o cérebro humano começar a transferir funções que são suas, para a  inteligência  artificial-e portanto deixando de exercitar o cérebro, que é o instrumento material, ou biológico, que  lhe permite existir nesta junção essencial com o espírito e funcionar nele e por ele .Se o cérebro  não for exercitado, irá se deteriorando, e isto é um princípio universal, desde que Darwin-Lamarck o comprovou como princípio básico de  toda evolução 

De outro lado, decorre deste  princípio que  todo órgão que não é  utilizado se  atrofia e qualquer principiante  das ciências biológicas sabe disto. É preciso deduzir que o cérebro humano sendo um órgão, em função da mesma lei cresce ou se deteriora conforme é ou não   utilizado. Cresce e se deteriora não apenas, ou necessariamente no tamanho e no peso, mas nos milhões de neurônios que nele se distribuem segundo suas funções.

Se esses componentes cerebrais,viabilizam o cumprimento dessas funções, eles devem ser permanentemente exercitados e, sendo permanentemente exercitados eles estarão sempre  à frente  do desenvolvimento da inteligência artificial, por mais que a inteligência artificial cresça nas  funções que ela vier a exercer.

Isto quer dizer que a inteligência artificial não veio para roubar nossas funções, ou nosso mercado de trabalho, ou diminuir nossas  dimensões  humanas. Mas, ao contrário, vem para ampliar o mercado e nos obrigar à melhoria qualitativa de nosso conhecimento e de nossos exercícios cerebrais, de modo que estejamos, como consequência, sempre à frente da  inteligência artificial, ou seja, cresçamos em nossa dimensão  humana mais do que possa crescer a própria inteligência artificial .É sob este aspecto que a inteligência artificial se transforma em mais um instrumento de evolução da espécie humana e não o contrário.

Enfim é necessário registrar, com força, que existem reflexões cientificas, ou atividades práticas, que colaboram para o crescimento qualitativo do cérebro, da consciência e de suas funções, como, de outro lado, existem reflexões ou atividades  que produzem resultados exatamente contrários: Inibem o cérebro no exercício de suas funções. Neste caso será inevitável o início de um processo de involução da dimensão humana, com as inevitáveis consequências nas dimensões biológicas, por força das leis de Darwin-Lamarck

Estará a espécie humana sob a ameaça de entrar num processo de involução?

Quero convidar você, meu querido amigo, caríssima amiga a me acompanhar até o final dessa escandalosa verdade verdadeiro-poema” que traduzi  do italiano como o encontrei em meu facebook, texto que só depois, pesquisando, descobri que era de  autoria de um Padre português, Pe. Antônio Teixeira. Descobri também que além de fotografado com o papa Francisco, o Padre é mentor de um ativa rede social, onde posta suas belíssimas e profundas reflexões como  esta  profunda e verdadeira reflexão a qual dá, simbolicamente o nome de o “Papa Francisco é o Culpado”

Quero agradecer a prontidão com que o Pe. Teixeira se linkou com minha rede social (paricipacaoesolidariedadecom.br) e lhe peço licença para editar sua” Acusação” como a  traduzi do italiano, que espero ter sido absolutamente  fiel a seu texto original que em seguida descobri também em português. Em sua rede social, tendo no entanto preservado minha tradução do italiano, que , creio, absolutamente fiel ao texto original, talvez com alguma expressão que apenas difere o português do Brasil de sua origem portuguesa, e â qual acrescentei alguma adaptação pouco mais  do que buscando melhor concordância nominal. 

Justifico também a preservação da tradução do italiano porque meu desejo seria que esta reflexão fosse traduzida em todas as línguas, de todas as formas, para que fosse por todos entendida.

 Reflita comigo, querida amiga, querido amigo, acompanhando esta reflexão do Pe. Antônio Teixeira sobre a culpabilidade do Papa Francisco. Diz ele:

“Querido Papa Francisco,

Na verdade, Papa Francisco, você é culpado! 

Você é culpado porque, ao invés de ser um anjo, você é um ser humano.

Você é culpado porque tem a humildade de reconhecer que há coisas erradas e pedir perdão por elas. De pedir perdão por ti e por nós. E isto é, para muitos, atitude inaceitável num Papa.

Você é culpado porque esses gostariam que fosses um juiz e um canonista e no  entanto você é um exemplo e um testemunho da misericórdia.

Você é culpado porque abandonou a tradição de viver em palácios e escolheste viver como as pessoas comuns. Culpado sim, porque abandonaste a suntuosidade de  San Giovanni in Laterano e escolheste a pobreza das prisões, dos orfanatos, dos hospitais psiquiátricos e das casas de recuperação.

Você é culpado!

Você, ora, você deixou de beijar os pés de” Suas Eminências” para beijar os pés “sujos” dos detentos, das donas de rua, dos doentes, de outras confissões religiosas, e daqueles que, simplesmente, são “diferentes. ”

Você é condenado por ter aberto a porta aos mal casados, e porque diante de questões dolorosas e doutrinariamente pendentes, respondes simplesmente “quem sou eu para julgar?”

Você é condenado porque assumes sua fragilidade, nos pedindo que rezemos por você, enquanto muitos te querem dogmático, intolerante e legalista.

Papa Francisco, você é culpado de que tantos e tantos chamados infiéis, excomungados e impuros, tenham reencontrado o belo rosto de Cristo, sua ternura e sua misericórdia.

Você é culpado porque “chamas as coisas pelo nome” e não esqueces de lembrar aos bispos que eles não são pastores nas nuvens, mas são pessoas que devem portar em si o “cheiro de suas ovelhas. ”

Você é culpado, sim, porque rasgaste as páginas da intolerância e a moral desumana, e ofereces a beleza da compaixão, da ternura e da transparência.

Você é culpado por não podermos nos orgulhar diante de nossos próprios olhos, de nossa inteligência e, sobretudo ,de nossos corações.

Você é culpado, Papa Francisco, de querer carregar a cruz da Igreja sem ser capaz de, ao olhar para o lado, ficar indiferente à dor e ás lágrimas dos homens de nosso tempo.

Você é culpado porque não admite os crimes hediondos cometidos em nome de Deus e aqueles que falam sobre Deus, mas vivem contra Ele.

Você é culpado porque busca a verdade e a justiça abraçadas pela misericórdia, em vez de  silenciar, esconder, minimizar, ou ignorar.

Você é culpado porque deixa de querer uma Igreja de privilégios, glorificada por todo o mundo, e teimas em ensinar  a força de servir ao mundo necessitado, a riqueza  de  lavar os pés e a grandeza da simplicidade.

Papa Francisco, você é culpado por permitir que te acusem desses “crimes todos” talvez porque tu sabes que atrás de ti há uma inumerável multidão de homens e mulheres, que, como tu não são anjos, mas são frágeis, pecadores, esperando que Cristo tome cuide deles e de todos nós.

Tu sabes que contigo há uma “enorme procissão de corações” que rezam por ti a todo momento, porque sabem que tu darias tua vida por eles, e te seguem como ovelhas que confiam em seu pastor.

Papa Francisco, foi Cristo que te colocou no leme desta “barca” que é a Igreja.

É Cristo que te dará a força para continuar este caminho de admitir que te  culpem” culpas” que tanto bem tem feito ao mundo e à Igreja.

Querido Papa Francisco,

Obrigado por teres sido culpado da beleza dessa nova Igreja como sonhada por Cristo

                                                                                                         Padre Antônio Teixeira.” 

Obrigado, Pe. Antônio Teixeira, quero dizer, por teres transmitido ao mundo e a todos nós, a verdadeira face do grande irmão o Papa Francisco

Caro amigo querida amiga. Reflita. Comente, Compartilhe

                                                                                                          Grande abraço.

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Queridos amigos, minhas queridas.

Desejo que você tenha acessado meu último vídeo no qual analisei a ameaça que pode significar para o futuro- e não tão longínquo, o rápido avanço da  inteligência artificial, que poderia vir a sobrepor-se à  inteligência humana, e dominá-la, o que significaria a ruptura da civilização, a escravidão ou o desparecimento da própria espécie humana. 

Na ocasião, minha assistente e produtora  virtual  Milenne  Kelly  acessou-me às redes sociais do Youtuber Pedro Loos mostrando-me publicação sobre o mesmo tema da Inteligência artificial abordado, porém, sob aspecto mais imediato, enquanto operando através de uma programação  de dados, deixando uma análise mais profunda para filosofia ou a moral.

Para mim se tornou evidente que ambas as análises se completavam e se complementavam. Por esta razão compartilho em nossa rede a publicação do referido Youtuber, na certeza de que meu querido amigo e minha querida amiga terão uma visão mais completa de tão fascinante assunto convidando-o a retornar ao meu vídeo cujo link você pode acessar na descrição, complementando –o agora com o acesso ao vídeo do referido youtuber Pedro Loos, que segue… https://youtu.be/IH-wBijX53M  

Queridos amigos, minhas queridas.

Em meus escritos muitas vezes alertei que, se não houver uma profunda   mudança de dimensão civilizatória, o mundo, a sociedade, ou a civilização, em que vivemos, caminha na direção de alguma forma de ruptura.

Entendo por mudança civilizatória uma transformação completa na forma de organização e de funcionamento da sociedade, suas estruturas, suas normas, relações, comportamentos, etc.

Cito como exemplo da mais recente mudança civilizatória a passagem da sociedade feudal, organizada ao redor dos castelos, da nobreza, das catedrais e do início do desenvolvimento das ciências experimentais, para esta sociedade na qual ainda estamos vivendo, organizada ao redor das fábricas, dos escritórios, das grandes cidades, do capital concentrado nas mãos das mega corporações e da revolução científica e tecnológica, incluindo a internet, o funcionamento do mundo em rede e muito mais.

 Não foi a primeira vez na história que aconteceram transformações de dimensão civilizatória além dessa, do feudalismo para a idade industrial organizada pelo capitalismo, do Estado, ou das corporações, isto é das empresas, especialmente as multinacionais, nessa era da globalização.

Outras mudanças civilizatórias aconteceram antes em tempos diversos e em vários lugares do mundo.

Dou alguns exemplos: a mudança dos grandes impérios da Idade Antiga, como o Egito antigo ou o Império Romano para o próprio feudalismo, ou muito antes ainda, na pré história, quando o homem deixou de viver nas cavernas, ou na vida nômade, para criar e viver em vilas, origem das cidades e dos  impérios posteriores.

Sempre houve fatores que determinaram essas mudanças-das cavernas para as aldeias, por exemplo, foi a descoberta do uso do fogo e dos metais, dos grande impérios para o feudalismo, foram as invasões bárbaras e o advento do cristianismo, do feudalismo para a era industrial o desenvolvimento das ciências experimentais, a descoberta da máquina a vapor, as grandes navegações.

Hoje não faltam fatos novos de dimensão muito maior que os referidos no passado, exigindo a promoção de uma nova  mudança civilizatória.

 Entre esses fatores posso citar os avanços da Ciência e da Tecnologia , a internet, o funcionamento do mundo em rede e suas consequências, fatores que analiso com mais profundidade em meus livros e em minhas redes sociais, que você pode acessar, digitando em  minha página no facebook por uma  civilização participativa e solidaria, ou em nosso  site, www.participacaoesolidariedade.com.br)

No entanto há uma diferença muito grande entre os fatores do passado e esses de hoje que citei. Aqueles no passado, aconteciam apenas localizados, em determinados lugares ou regiões, e demoravam   séculos, ou até milênios para provocar as mudanças. Os fatores de hoje acontecem globalmente e podem fazer acontecer a mudança   instantaneamente, provocando de  alguma forma o surgimento da nova civilização que, se não a promovermos antes, não saberemos  como poderá  vir a ser.

Quero dizer, ainda, queridos amigos, minhas queridas, que toda mudança civilizatória significa uma ruptura das instituições que regulam as formas de vida características de determinada época ou região. Essas  rupturas,  em geral acabam acontecendo de forma violenta, por meio de revoluções, invasões  de outros povos nas sociedades organizadas, ou de outras formas, conforme a época, sendo que em geral   a   violência é proporcional às resistências que se fizerem às transformações, ou à demora em fazer que as transformações aconteçam. Face aos fatores de mudança referidos , hoje não saberemos como será, a mudança e a civilização, se não a promovermos antes,

Ora, os fatores atuais, anteriormente citados, que poderiam provocar a uma nova mudança civilizatória no rumo de uma nova sociedade justa, sustentável na qual as sociedades e as pessoas poderiam ser promovidas a melhores níveis de vida e de bem estar, na verdade vem sendo usados para concentrar tudo, a riqueza, o poder, o bem estar, nas mãos de um número cada vez menor de regiões, países ou sistemas que dominam o mundo.

 Neste rumo,  os recursos naturais do Planeta são destruídos, a sobrevivência do próprio Planeta como ambiente da vida é ameaçado, os avanços da Ciência e da Tecnologia que deveriam ser utilizados para promover uma nova organização da civilização, justa participativa e solidária, estão sendo utilizados para  estabelecer a desigualdade, a concentração e a exclusão e outros graves desequilíbrios que  estão levando a civilização a alguma forma de ruptura, se não forem modificadas urgentemente e profundamente.

Isto acontece porque as instituições, que ainda são mantidas apesar das mudanças havidas nessa segunda metade do século 20 e início do século 21, são as mesma que foram criadas lá no início da primeira revolução industrial, a revolução da máquina a vapor, nos séculos 17, 18 e 19 e já não servem para a nova Revolução da internet, do mundo em rede, da conquista espacial e do demais avanços da Ciência e da tecnologia.

 Isto tudo considerado a conclusão  é que estamos vivendo num momento histórico em que se impõe uma nova mudança civilizatória, que poderá ser como a desejamos, ou poderá ser simplesmente consequência desses fatores que estão atuando dessa forma selvagem sobre a civilização e que se agravarão na  nova civilização.

 Esta nova mudança civilizatória se impõe, para adequar , para harmonizar, os avanços da Ciência e da Tecnologia e o conjunto dos fatores de mudança, às dimensões humanos, viabilizando a nova  civilização participativa e solidária

Penso que é em função disto tudo, queridos amigos, minhas queridas que alguns me tem  perguntado, angustiados pela dimensão que vem tomando a pandemia do corona vírus, que já matou milhões de pessoas no mundo e ameaça matar outras milhões, que ameaça destruir as economias, principalmente as mais pobres, distanciando-as cada vez mais dos que  se beneficiam  com ela, alguns me tem perguntado, dizia, se isto não pode significar o começo da ruptura, ou da transformação,

A esses tenho respondido que não sei se pode significar o começo da ruptura, mas sei e tenho certeza, que essa trágica pandemia deve ser entendida como um sinal, e um forte sinal, de que a civilização em que vivemos é extremamente frágil, desequilibrada e tragicamente desigual, o que quer dizer moralmente injusta e que, em consequência, precisa urgentemente de uma profunda transformação capaz de restabelecer o equilíbrio entre os países, as  regiões e as pessoas; que respeite o a fragilidade do Planeta, que substitua a exclusão e competição selvagem pela participação e pela solidariedade,  que substitua a concentração e a exclusão pela desconcentração, que substitua a competição e os monopólios dos mais fortes pela cooperação, isto é, se construa a nova civilização sintonizando a justiça e a sustentabilidade com os avanços da ciência e da tecnologia: a nova Civilização que corresponda  às  aspirações verdadeiramente humanas

Que a pandemia desperte em todos, especialmente nos governantes, nos líderes políticos, intelectuais e religiosos, nos líderes da economia, das ciências,das artes e da cultura, a consciência do significado histórico deste momento.

Mas que chame também a você, meu querido amigo, minha querida, a dar sua sua colaboração para o advento da nova civilização justa e sustentável, participativa e solidária. Compartilhe essas ideias com seus grupos com seus amigos. Seja participante dessa transformação, antes que seja tarde,

                                                                De meu retiro na Villa Aurora, um grande abraço.

CONSTRUIR MUROS OU CONSTRUIR A DEMOCRACIA

QUERIDOS AMIGOS, MINHAS QUERIDAS   

Em novembro de 1989,o mundo assistiu em festa a demolição do muro  de Berlin, conhecido como o muro da vergonha, que a Alemanha Oriental, ocupada pela  ditadura da União Soviética após a segunda guerra mundial, de 39, levantara para impedir os alemães de migrarem diariamente aos milhares para o outro lado da Alemanha, a Alemanha  Ocidental livre e democrática.

Imaginei ser aquele o último episódio da história da  humanidade , feita  de construir muros, desde as muralhas que  defendiam as cidades e os castelos das invasões dos inimigos, na idade média, até a impossível muralha chinesa que teria somado cerca de 20 mil km no seu auge e da qual restam cerca de  7 mil km. transformados em  atração turística. 

Transformação óbvia nos dias de hoje porque ainda que existissem mongóis  ou  chineses do norte querendo invadir  o império, de nada adiantaria a muralha diante da guerra  moderna dos aviões, dos foguetes, do domínio espacial, seus satélites de observação, de pesquisa, ou de artefatos de morte.

Deveria saber disto o ex-presidente de triste memória dos Estados  Unidos, Donald Trump ao passar 4 anos na presidência, tentando erguer o seu muro na fronteira com o México para evitar que entrassem em sua “América grande de novo”, os emigrantes das Repúblicas de banana do hemisfério sul, através dessas fronteiras.

Seguramente não eram razões militares as que moviam a obsessão de Trump para construir  o muro de quase 3 mil kms, na fronteira com o México, o novo muro da  vergonha no século XXI.

 Seu objetivo era impedir a entrada de pessoas, o que permite dizer que ele se aproximava mais  em seu objetivo  do muro de Berlin e das ditaduras que o construíram, do que dos castelões ou dos defensores das cidades ,ou ainda do imperadores da China, que levantaram seus muros e muralhas como barreiras para deter os exércitos inimigos.

No seu imenso nacionalismo doentio, cujas consequências a história nos oferece alguns exemplos ,na ilusão de seu poder sem limites, Donald Trump recebeu a resposta na derrota democrática  das urnas, derrota que ele não reconhece, como costumavam fazer os  candidatos das repúblicas de banana, em que ele tentou, e não sei se desistiu, transformar seu País.

 Tentou desmoralizar o sistema eleitoral que, instituído pela Constituição americana há 260 anos, elegeu a série ininterrupta de 46 presidentes sem ser jamais contestada. Pensou desmoralizar a justiça, inclusive a suprema Corte, que negou suas pretensões de vitória em  várias dezenas de processos com que ele que tentou anular os resultados do voto democrático. Pretendeu denegrir a justiça eleitoral dos 50 Estados, governados fossem por seu Partido  Republicano ou pelo Partido Democrata , que validaram por suas Secretarias de justiça os respectivos resultados eleitorais. Em resumo, tentou desmoralizar as instituições públicas americanas.

Mas não parou nisto seu delírio megalomaníaco. Imaginou, através das mentiras de sua imaginação delirante, enganar a sociedade e intimidar as instituições, processo que culminou com o incendiário discurso pronunciado na lamentável invasão do Congresso americano por seus  seguidores fundamentalistas, algo jamais acontecido, ou sequer imaginado que pudesse acontecer, na assim considerada maior  democracia do mundo. 

No entanto, é preciso estar atento no que ainda pode acontecer no desespero de nada conseguir contra o processo democrático, cujas ameaças não terminaram no referido incendiário discurso. ou em seguida quando em pronunciamento na fronteira com o México cujo tema era a construção do muro, ele avisava que tudo estava apenas começando. E mais. 

Precisa estar alerta para seu último discurso como Presidente, diante de uma centena de apoiadores e do avião presidencial , que o levaria de volta para sua casa , no qual ameaçava retornar em breve, com uma séria ameaça à democracia ao afirmar que” voltaria de uma maneira ou de outra ”, como se não soubesse, e talvez não saiba mesmo ,que na democracia só há uma  maneira  de chegar, ou de  voltar ao poder: O VOTO. 

Como os ditadores que no passado construíam muros e muralhas mostrou ignorar também que nada poderá contra os rumos da história e que nesses rumos da  história, as sociedades democráticas, especialmente após os avanços da ciência e da tecnologia, caminham em rumo contrário, derrubando muros e muralhas, na direção de um mundo sem fronteiras, sem a perversa divisão entre ideologias que pregam e praticam o ódio, a desunião e os conflitos ao invés da cooperação e da solidariedade, e produzem os imensamente ricos e os desgraçadamente miseráveis, os  exploradores e os explorados, um mundo que deixará seus construtores, os construtores de muros, definitivamente no passado.

No entanto, ele ameaça inundar com sua desagregadora ideologia, não só seu país mas o mundo, construindo muros e muralhas entre países e países, pessoas contra pessoas, raças contra raças, fundamentalismos contra fundamentalismos de qualquer espécie ou de qualquer lado, ideologias exercidas em nome de interesses econômicos e financeiros, culturas, raças, religiões, ou qualquer outro atributo que os aspirantes a ditadores sempre proclamam 

Eles não percebem que graças aos avanços da ciência e da tecnologia, repito, o mundo  se torna cada vez mais diversificado e colorido ,da diversidade de segmentos da sociedade  que sabe conviver em harmonia, ou  organizar-se e conviver em solidariedade, justiça e participação  como hão de ser cada vez mais as democracias civilizadas, cada dia mais  livres, múltiplas, harmônicas em sua diversidade, apesar deles, dos construtores de muros,

Serão engolidos pelos buracos negros da história, os que, como esse ex-presidente bufão  que, de cômico ainda poderá se tornar trágico, não tivesse sido engolido em tempo pela vontade soberana do povo americano, que melhor do que o povo alemão na década de trinta passada, soube perceber para onde estava sendo  conduzida.

As eleições americanas de novembro último deram um fim, ao menos neste momento às pretensões do ex-presidente de se manter no poder de uma “ maneira ou de outra”. Mas a ameaça permanece sobre seu país, e sobre o mundo , onde essa  desagregadora ideologia busca  aumentar seus adeptos, inclusive no Brasil, onde consegue colher significativa  safra de  seguidores.  

Aliás o Brasil já tem pago um preços suficientemente  grande diante de países tradicionalmente aliados, como a União Europeia, ou de alto interesse econômico  como a China e demais  países associados ao BRIC, por ter escolhido o ex-presidente americano, nem tanto como seu aliado, mas como seu ícone e inspirador de sua política externa como também para assuntos internos, por cujos equívocos já pagamos alto preço.

Estejamos  alerta  porque o megalômano ex-presidente, agora pretende através da ideologia do Trumpismo se tornar um líder global, expressos em seus intentos isolacionistas de fazer a América Grande de Novo ou de qualquer maneira colocar ,a América em primeiro lugar, slogans que para  quem tiver um mínimo da visão histórica faz lembrar o Império  alemão de mil anos, prometido por Hitler, no século passado. 

Seus seguidores de boa fé, ou de pura participação nos interesses globais, ou na busca de líderes carismáticos, dentre os quais, infelizmente bom número se encontra no Brasil, custam a perceber o que poderá vir depois, como custaram  perceber Chamberlain na Inglaterra, Von Schuschnigg na Áustria, e outros dirigentes europeus, engolidos em seguida pelo nazismo e sua ideologia supremacista, que está sendo ressuscitada hoje na América, quase um século depois.

Pouco conheço de Joe Biden, o novo Presidente americano. Mas ele, como os mais de 80 milhões de americanos que o levaram ao poder, junto com o voto da maioria dos Estados  federados, país onde a Federação funciona, têm um compromisso com  a igualdade, a justiça e o pluralismo. Esses princípios fundamentais das sociedades democráticas se expressam nas relações entre as nações através do multilateralismo, da preservação dos compromissos internacionais, especialmente referentes a preservação ambiental, ao direito à saúde, ao desarmamento nuclear, à igualdade entre as nações, compromissos que Trump, o ex-presidente, em sua perigosa  megalomania ,rompeu.

 Os que estiverem acompanhado através dos meios de comunicação, já terão percebido que o novo presidente dos Estados Unidos, vem anulando essas práticas  desagregadoras da sociedade e começando a por em prática a verdadeira Democracia.

Devo dizer, ainda, especialmente para o Brasil, cuja vocação ditada pelas características, ou a alma do povo brasileiro, como também pela dimensão de seu território e de seus recursos naturais, lhe dá condições e responsabilidades muito significativas de contribuir na construção de um mundo participativo e solidário, sem atrelar-se à ideologias supremacistas, sejam de direita ou de esquerda, sem levantar de muros desagregadores da sociedade, concentradores e excludentes. 

Deixo aqui meu convite para que você, meu querido amigo, minha querida, dedique algum tempo e algumas de suas  qualidades que sei, das muitas que você tem, para refletir sobre os rumos que deseja para o Brasil e para o mundo, ou  para a civilização onde irão viver as novas gerações, as gerações de nossos filhos  e dos que virão  depois

Acompanhe, meu querido amigo, minha querida, dê sua opinião, compartilhe. Participe.

Grande abraço. Osvaldo Della Giustina